30.5 C
Rondonópolis
, 19 maio 2024
 
 

Polícia encontra sangue e fios de cabelos

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Uma busca da Polícia Civil localizou vestígios de sangue humano em um quarto da residência do sítio do goleiro Bruno Fernandes
Uma busca da Polícia Civil localizou vestígios de sangue humano em um quarto da residência do sítio do goleiro Bruno Fernandes

Uma busca da Polícia Civil localizou vestígios de sangue humano em um quarto da residência do sítio do goleiro Bruno Fernandes no condomínio Turmalina, em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O cômodo foi apontado pelo primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, como um dos locais em que Eliza Samudio foi mantida em cativeiro antes de ser executada. O suposto sangue foi localizado em um colchão. De acordo com a delegada Alessandra Wilke, peritos encontraram também fios de cabelo na casa
O material recolhido passará por análise e exame de DNA, que poderá comprovar se são da ex-amante de Bruno. Sérgio, que tem colaborado com a investigação, acompanhou a nova vistoria no sítio, iniciada na noite de terça-feira e que avançou pela madrugada de ontem. O suspeito, que cumpre prisão temporária, foi levado para o sítio, onde permaneceu durante cerca de 50 minutos. Ele apontou cômodos e áreas da propriedade onde Eliza teria sido mantida presa no início de junho. Foram feitos novos testes com Luminol, o reagente que identifica manchas de sangue.
Policiais que estiveram na residência do sítio ontem pela manhã, encontraram o local diferente do que foi deixado na madrugada e decidiram registrar uma ocorrência. Foram recolhidos também restos queimados de peças íntimas e fraudas.
Segundo o chefe do Departamento de Investigação (DI), delegado Edson Moreira, a materialidade indireta já está comprovada “Estamos buscando a direta”, ressaltou, observando, porém que “a cada dia que se passa as provas vão ficando mais robustas, os fatos vão ficando mais latentes.”
Peritos também recolheram material na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado nas investigações como o autor da execução e ocultação do cadáver de Eliza.
Moreira disse que foram recolhidos partes de concreto da residência, localizada no bairro Coqueirais, em Vespasiano, também na região metropolitana da capital. Foram apreendidos ainda “outros objetos úteis para a investigação”, conforme o delegado, entre eles documentos e um capacete.
Conforme uma das versões, Bola, estaria em uma moto quando se reuniu ao grupo liderado por Bruno, no dia 9 de junho. Foi apreendido também um computador. “Temos que ver o que tem nessa CPU”, disse Moreira. O material seria encaminhado para o Instituto de Criminalística.
GPR
Durante a tarde, a expectativa era que supostos restos mortais de Eliza poderiam ser localizados no local, mas após seis horas as buscas foram encerradas. Na operação de ontem, os policiais contaram com o auxílio de profissionais e de um equipamento do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chamado GPR, que faz varreduras no solo e paredes da residência.
A intenção era averiguar se os ossos da jovem teriam sido “concretados” na residência, como descreveu o adolescente J., em depoimentos anteriores. Dois cães farejadores participaram das buscas e indicaram possíveis vestígios debaixo de uma escada. O GPR apontou também que o chão estaria oco e com cheiro muito forte. A princípio, nenhum vestígio humano foi localizado. “Como ele apontava e nós não conseguíamos encontrar, resolvemos recolher para analisar”, disse Moreira. “Aquela casa por natureza é fedida.”
DELAÇÃO
Diante da dificuldade de localização dos restos mortais, os delegados ainda tentam encontrar subsídios que indiquem o real local em que os restos mortais foram ocultados. E trabalham também com a hipótese de que eles tenham sido queimados. “Os depoimentos mencionam mesmo local da execução. A ocultação dos restos mortais podem estar ali ou não”, observou Alessandra.
Para avançar na investigação, a polícia poderá oferecer o benefício da delação premiada para Sérgio e J. O adolescente voltou a prestar depoimento ontem, que foi interrompido, mas será retomado hoje. “Ele permanece cooperativo, praticamente confirma os depoimentos anteriores”, disse a delegada Ana Maria Santos. “Eu diria que ele está arredondando o depoimento.”
A nova investida por provas e pelos restos mortais de Eliza foi iniciada após novos depoimentos de testemunhas e investigados, como Elenilson Vitor da Silva, administrador do sítio de Bruno. Embora Elenilson e a maior parte dos suspeitos que estão presos tenham optado pelo silêncio durante os depoimentos, Moreira disse que “apareceram indicativos” nos interrogatórios.
HABEAS CORPUS
O advogado Ércio Quaresma, que representa Bruno e outros cinco suspeitos, disse ontem que estudava o inquérito e que provavelmente hoje entrará com um pedido de habeas corpus em favor do goleiro. Os advogados de defesa decidiram que os pedidos serão solicitados individualmente, e o primeiro será para a libertação do goleiro. Zanone Júnior, que representa Bola, alegou que até o momento não há “qualquer prova direta que possa incriminar” seu cliente. (Fonte: Agência Estado)


Governo critica juíza que negou proteção a Eliza

A Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), ligada à Presidência da República, divulgou nota na qual lamenta a não aplicação da Lei Maria da Penha pela juíza Ana Paula Delduque de Freitas no caso de agressão contra Eliza Samudio, denunciado em outubro de 2009. Eliza é ex-amante do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes Souza e está desaparecida desde o início de junho. “É triste constatar a não aplicação desta lei por parte de seus operadores, uma vez que foi criada especificamente para proteger as mulheres vítimas da violência doméstica”, afirmou a nota.
Para a juíza, a jovem não mantinha relações afetivas com Bruno. Na ocasião, a Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (DEAM), no Rio de Janeiro, pediu à Justiça que o atleta fosse mantido longe da vítima. A juíza titular do 3º Juizado de Violência Doméstica do Rio de Janeiro explicou em sua decisão que Eliza não poderia se beneficiar das medidas de proteção, nem “tentar punir o agressor”, sob pena de banalizar a Lei Maria da Penha. A magistrada entendeu que a finalidade da legislação é proteger a família, seja proveniente de união estável ou de casamento e não de uma relação puramente de caráter eventual e sexual.
Para a Secretaria de Políticas para Mulheres, a alegação de que Eliza não precisava de proteção do Estado porque era apenas uma “amante” ou “ficante”, remete aos padrões antigos de preconceito contra as mulheres. Além disso, questiona a honestidade da vítima, que declarou que a relação não foi apenas de uma noite. (Fonte: Agência Estado)

- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »
  1. Depois de passar pente fino na casa, dias após retornam e encontram manchas de sangue e fios de cabelo, como também objetos fora do lugar. Que tipo de investigação é essa, com falhas gritantes? Com esse procedimento ao que parece, desacredita todo um trabalho levado a sério, pelo menos assim pensamos.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Especialistas alertam: hipertensão arterial também ocorre na infância

Embora a hipertensão arterial seja doença de maior prevalência em adultos, afetando cerca de 30% da população brasileira, o...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img