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Carnaval tem mais acidentes com Lei Seca

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O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Alvarez Simões classificou ontem (26) a crise financeira internacional como uma das culpadas pelo aumento dos números de acidentes nas estradas federais registrado neste carnaval. Representando a PRF em entrevista coletiva, Simões afirmou que a crise fez com que as pessoas viajassem mais pelo Brasil e usando carros.

O número de acidentes no feriado de carnaval aumentou em 20% neste ano na comparação com 2008, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal divulgados ontem. Foram 2.865 acidentes nas estradas e rodovias federais contra 2.396 no ano anterior. Os dados reúnem as ocorrências de sexta (19) à quarta-feira (25). Este foi o primeiro balanço de acidentes no carnaval feito depois da entrada em vigor da lei seca em junho de 2008.

Elencando os motivos para o aumento, o inspetor afirmou que a crise fez os brasileiros optarem por viagens mais baratas de automóvel. “A crise fez com que mais pessoas pegassem as rodovias. Muitos deixaram de viajar de avião”, disse o inspetor. Segundo Simões, o aumento do fluxo nas rodovias teria sido de 60% em relação ao carnaval passado, o que relativizaria o aumento do número de acidentes em 20%.

LEI SECA

A PRF destaca que o número de mortes foi menor, 127 contra 128, e atribui a menor gravidade dos acidentes à lei seca, que aumentou o rigor contra motoristas alcoolizados. Para Alvarez, a lei seca fez a sua parte ao manter o número de mortos praticamente estável mesmo com o aumento da frota de veículos.

Ele diz que a lei seca foi a responsável por reduzir a gravidade dos acidentes e, consequentemente, o número de vítimas fatais. “O primeiro objetivo nosso é reduzir o número de mortes. Tínhamos um viés de alta e ficou estável mesmo em números absolutos”, disse o inspetor.

Para ele, a imprudência dos motoristas é a principal causa de acidentes nas estradas. “O que causa os acidentes é a imprudência dos motoristas, que grassa no trânsito.” Ele destacou o aumento de autuações de motoristas embriagados e em alta velocidade e afirma que a “punição faz parte do processo pedagógico”.

FERIDOS

Apesar da redução do número de mortes, mais pessoas saíram feridas de acidentes, 1.784 contra 1.472 no feriado do ano passado. Para o diretor-geral da PRF, Hélio Derrene, a redução no número de mortes é importante. Ele afirma que, em 2008, morria uma pessoa a cada 18,7 acidentes, enquanto neste ano a média foi de uma morte para cada 22,5 acidentes.

Com a maior malha viária federal, Minas Gerais segue no topo do ranking de acidentes no carnaval, com 471. Santa Catarina assumiu a vice-liderança com 366 acidentes em um crescimento expressivo, uma vez que o número de acidentes foi de 239 no ano passado. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (267), Paraná (261) e São Paulo (230).

O ranking de mortes é semelhante, com os mesmos estados no topo.

Neste carnaval, 21 pessoas perderam a vida nas estradas de Minas Gerais. Santa Catarina novamente aparece em segundo com 19 mortes. Rio de Janeiro e Maranhão registraram 10 mortes cada.

As multas por excesso de velocidade foram em maior número neste carnaval. Foram 120 mil motoristas flagrados por radares contra 105 mil no feriado no ano passado. A PRF destaca que houve um aumento da frota de 9,8% e da fiscalização, de 10%.

O balanço divulgado mostra ainda que nos seis dias de atuação na Operação Carnaval, a PRF apreendeu 713 quilogramas de maconha e prendeu em flagrante 978 pessoas.

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