As primeiras colheitas de soja da safra 13/14 já iniciaram em algumas lugares do estado, porém, os trabalhos na região sul estão previstos para começar efetivamente a partir de fevereiro, de acordo com o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Ricardo Tomczyk. Segundo ele, a diferença ocorre por conta do regime de chuva, que difere nas regiões.
“Bem, os trabalhos iniciaram em algumas cidades da região médio norte e extremo oeste do estado, mas o movimento ainda é tímido. Esses pontos registram a atividade mais cedo porque as chuvas iniciam mais cedo. Nesse sentido, o plantio ocorreu antes por lá. Aqui na região sul, temos alguns casos (ainda assim poucos) em que a colheita também ocorre pouco mais cedo em algumas fazendas, localizadas em regiões mais altas, onde as chuvas também aparecem antes”, explicou. Outra observação feita pelo especialista é de que muitos produtores adiantam as atividades visando plantar a segunda safra de algodão.
Conforme Tomczyk, a colheita na região sul deve começar em fevereiro, atingindo o pico no final do mês. Em todo o estado, o volume colhido até o momento não passa de 2% da área cultivada. Nesta temporada, que atingiu novo recorde, foram cultivados 8,2 milhões de hectares, uma área quase 5% acima do ciclo 2012/13.
Tomczyk avaliou, no geral, que as lavouras do estado tiveram um bom desenvolvimento, apresentando complicações somente em algumas regiões, mas trata-se de casos isolados. “Em alguns pontos na região de Itiquira, por exemplo, houve falta de chuva, o que talvez comprometa um pouco a média de colheita do estado, que aponta aproximadamente 3 mil quilos por hectare, mas nada que caracterize prejuízo”, tranqüilizou.
O vice-presidente da Aprosoja/MT destacou ainda que, embora tenha sido identificado ataques severos das largartas Helicoverpa armigera e Falsa-medideira nas lavouras, o que deixou os produtores apreensivos, o monitoramento funcionou bem nesta temporada, não registrando grandes perdas.
RAIO X DA SAFRA
Pesquisadores da Fundação MT e outras instituições estarão nas principais regiões produtoras de Mato Grosso para levantar informações sobre a safra e depois tirar dúvidas da classe produtora e fazer recomendações técnicas. O objetivo é saber in loco os principais problemas enfrentados pelos produtores nesta safra e, a partir de resultados de pesquisas, ajudá-los a controlar os inimigos da lavoura.