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, 17 maio 2024
 
 

Preço de soja deve manter alto nos próximos anos

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Mercado do Brasil deve se tornar em 2013 o principal produtor mundial de soja com uma safra prevista em mais de 80 milhões de toneladas

“Em 2013 as commodities agrícolas poderão atingir preços recordes, principalmente a soja”. Com esta afirmação o trader de mercado internacional de commodities agrícolas, consultor, especialista e analista de mercado, Liones Severo reforçou a sua tese de que os preços da soja são previsíveis em sua palestra “Tendências para o Mercado Agrícola 2012/2013” realizada esta semana, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato).
Segundo o analista de mercado sua tese embute um forte conteúdo histórico de desempenho, com repetidas e confirmadas constatações através dos tempos. “A soja não é aleatória ela tem um ciclo de 6 em 6 meses e por ser um mercado administrado pelo homem desenvolvi a teoria de que ela possuí um padrão de repetição. Deixando de lado os eventos atemporais e aleatórios, minhas medidas e ferramentas de análises resultaram do fato de ser um profissional como negociador do mercado de soja há quase 50 anos. De acordo com Severo o preço sobe porque a demanda é maior que a produção. É fácil constatar isso podemos aprender com o passado, afinal existem acontecimentos na vida que se repetem”, explicou.
Sobre a possibilidade de queda na demanda de soja, Liones, aponta que o Brasil não terá grandes problemas para vender o grão. A China, que é um grande importador da soja brasileira, vai continuar comprando o grão produzido no país.
“A soja é a principal energia e proteína no mundo. O cenário todo se tornou muito apertado e nós vamos viver esse período por um longo tempo. Pois o mundo encontra-se hoje como na década de 70, com estoques praticamente inexistentes. A China está importando, este ano, mais de 50 milhões de toneladas de soja. Ano que vem deve chegar a 60 milhões. Eles têm um consumo muito grande. Se formos projetar isso daqui a alguns anos, a China vai demandar muito mais do que o mundo poderá produzir e podemos viver uma crise de escassez. Mas nós temos que ter cautela em focar somente na China, temos que focar em outros destinos. É possível que haja redução de demanda em outras partes do mundo, mas com a China podemos ficar tranquilos”.
De acordo com Liones Severo, a China é responsável pela compra de 60% da soja negociada nos mercados internacionais, com importações desde 1996, quando pela primeira vez importou cerca de 1 milhão de toneladas. Do montante comprado pela China no mundo, 25% corresponde ao produto brasileiro, sendo que os chineses compram 80% da nossa soja.
Ainda segundo o analista de mercado o Brasil deve se tornar em 2013 o principal produtor mundial de soja com uma safra prevista em mais de 80 milhões de toneladas, Mato Grosso deverá ser líder desta produção. “Se isso se concretizar junto com a comercialização antecipada de 40%, o produtor brasileiro deve ter um dos maiores rendimentos dos últimos anos. Porém é preciso capitalizar e fazer provisões para anos de crise como melhor forma de preservação do seu próprio negócio”, afirmou.
Para Liones Severo, o Brasil tem tudo para ser a grande nação agrícola do mundo. “Nós somos o único país que dispõe de um manancial de recursos naturais e terras férteis capaz de suprir as necessidades de oferta de produtos agrícolas para atender o consumo do mundo que cresce cada vez mais”, afirmou. Do total de 1,5 bilhão de hectares de terras agriculturáveis do mundo, o Brasil detém 11%, ou seja, cerca de 168 milhões de hectares. “Enquanto isso os grandes polos agrícolas do mundo como Estados Unidos e Europa, já não tem disponibilidade de áreas”.
Rentabilidade acima da média

No evento, o trader disse ainda que diante deste cenário mercadológico favorável o produtor deve investir em informação e conhecimento para otimizar os seus lucros. Conforme o especialista cerca de 60% dos negócios que giram no mundo hoje são produtos de conhecimento. “Vivemos a era do conhecimento e precisamos investir e otimizar as informações para que este conhecimento favoreça nosso trabalho”, garantiu.
De acordo com Severo o novo software disponibilizado pela CentroGrãos, além de ser considerado sistema de ponta pode ajudar muito produtor mato-grossense.
Severo explicou que o “Sim” é um software que interliga e sistematiza em um canal dados da produção, venda e notícia para os produtores sobre milho, soja em grão, farelo e óleo. Além de ser um sistema que propicia um guia ao produtor para realizar um bom gerenciamento e comercialização da produção, de forma instantanea.
Por possuir essa previsibilidade é importante conhecer os segredos e entender melhor o mercado, e para o produtor ter acesso a essa análise o analista fechou uma parceria com a CentroGrãos para o acréscimo de uma nova ferramenta no Sim – Sistema de Informações de Mercado, que auxiliará os produtores no acompanhamento do mercado.
“Passarei a dar consultoria no software, que é um espelho do mercado e que contém diversas informações em tempo real tendências do mercado das commodities agrícolas. Porém é interessante ter alguém que interprete esse conteúdo, e aí que entro juntamente com a empresa. Essa análise do mercado de consumo é importante para maior rentabilidade”, disse.
No software o produtor encontra informações sobre: formação de preço de soja e milho em 7 estados brasileiros, dos principais pólos; cotações de Chicago com delay de menos de um minuto; comentários de abertura e fechamento da bolsa de Chicago; principais e relevantes notícias do mercado Agro nacional e internacional; variação de oito das principais bolsas internacionais; cotações de dólar presente e futuro e informações sobre prêmio.O evento que reuniu aproximadamente 100 pessoas da cadeia produtiva de soja foi realizado pelo CentroGrãos, com apoio da Famato e Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

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