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Rondonópolis
, 12 maio 2024
 
 

O “inimigo” mora na churrasqueira

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Muitas vezes, o desejo para que o fogo se propague com rapidez pode trazer sérias consequências

–> LIBERADO –> A falta de manuseio correto de produtos inflamáveis, como o álcool, pode transformar as tradicionais comemorações de finais de semana  em tragédia. Conforme o tenente-coronel Silvio Bernardes dos Santos, que comanda o 3º Batalhão de Bombeiros Militar de Rondonópolis, com os registros de ocorrências existentes e vários episódios exibidos tanto pela mídia nacional como a local, já evidenciam que um simples churrasco ou comemoração entre a família e amigos, nos finais de semana, pode se transformar numa tragédia devido a acidentes causados por produtos inflamáveis na hora de acender o fogo da churrasqueira.
“O Corpo de Bombeiros tem a preocupação de orientar as pessoas sobre os riscos durante o manuseio de produto inflamável, como o álcool, que podem ocasionar queimaduras graves e levar um indivíduo até a morte”, disse.
Ele explica que, na preparação de um churrasco, o problema principal está na hora de colocar o fogo no carvão. “Erroneamente, as pessoas utilizam o álcool, produto inflamável que possui alta combustão, que pode ocasionar chamas e provocar queimaduras graves em uma pessoa. No geral, os ‘churrasqueiros dos finais de semana’ não possuem habilidades e conhecimento, mas querem usar material de alta combustão para colocar fogo  rapidamente no carvão. Muitas vezes, o desejo para que o fogo se propague com rapidez pode trazer sérias consequências”, alertou o comandante.
De acordo com o tenente-coronel Silvio, é bem mais fácil e seguro utilizar álcool sólido, que muitas vezes já é vendido com o saco de carvão, como ainda o óleo de cozinha que pode ser utilizado para encharcar o papel higiênico e ser colocado em copo descartável para o acendimento do carvão.
“São maneiras seguras e eficazes para o acendimento das chamas. Muitos acidentes são causados porque as pessoas jogam o álcool com a embalagem diretamente nas chamas e o fogo chega até o recipiente de álcool que está na mão da pessoa, causando até explosões”, conta.
FATALIDADE
Na primeira semana de maio, na Vila Mamed, duas pessoas adultas e uma criança sofreram queimaduras graves pelo corpo durante a preparação de um churrasco. O acidente foi causado pela explosão de uma garrafa de álcool.
Na noite do acidente, a pessoa que acendia o fogo para o churrasco não teria notado que havia uma garrafa de álcool próximo à churrasqueira. Além dele, outras duas pessoas que estavam próximas ficaram gravemente feridas. As três pessoas feridas foram socorridas pelo Samu e levadas para o hospital. Porém, passados alguns, uma delas não resistiu.
Há pelo menos seis anos, o jornalista Paulo Mello também foi vítima de queimadura com álcool.  “Na época, joguei o álcool com a garrafa diretamente no carvão imaginando que o fogo havia se apagado. Porém, ainda existiam chamas e a garrafa de álcool explodiu. Tive queimaduras de segundo grau nas mãos e braços e queimaduras no rosto. Hoje, não quero nem saber de acender fogo em churrasqueira”, diz o jornalista. “Fica o alerta. É preciso ter muito cuidado na hora da preparação daquele churrasco de final de semana. O álcool deve estar longe do ambiente. Existem outras maneiras práticas e eficientes para colocar fogo no carvão”, completa o jornalista.

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