Ela me amou dum jeito banal
Deixando em meu corpo seu pelo
E mordia feito animal.
Gemia com ar de feliz
Unhava a minha pele esperando o prazer
Ficava riscos, linda cicatriz.
Ela tinha labaredas na alma
Seu beijo uma brasa quente
Pedia o fetiche das palmas
Uma mulher extravagante, excelente.
Era desigual como uma cratera
Trazia uma fúria incompleta
Era insaciável, uma fera
Amava demais, porém, incorreta.
(*) Francisco Assis Silva é poeta e militar – email [email protected]