30.7 C
Rondonópolis
, 13 maio 2024
 
 

Morrer

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

A cada dia que passa morremos um pouco, dada a nossa existência humana aqui na Terra, de modo que estamos de passagem por esse planeta fantástico preparado especialmente por Deus, em meio à imensidão do Universo e, no entanto, nós o estamos destruindo aos poucos. Esse “morrer” carnal é inflexível e implacável para todas as criaturas vivas na face deste planeta, mas a alma humana é imortal, graças a Deus.
Mas vamos falar de outros tipos de morte, no sentido figurado da palavra. É comum ouvirmos as expressões morrer de amor, de dó, saudade, paixão, empolgação, raiva, tédio, alegria, rir e assim por diante, num infindável modo de “morrer”.
Quando se morre por amor, então, é divino, como também é divino morrer de paixão, algo próprio dessa nossa natureza humana, enraizado nas profundezas de nosso íntimo.
Morrer de dó é outra característica nossa, é sublime, nos faz pensar diferente, de ver algo sob outro ângulo, o ângulo da compaixão, da solidariedade, do estender ambos os braços que, de alguma maneira possamos ajudar, partilhar daquele momento, nem que sejam através de um abraço, um olhar, palavras de conforto, de fortalecimento.
E morrer de saudade, então, é de doer no peito e na alma, principalmente quando ficamos longe de alguém que amamos ou teve que partir, de um ente querido que partiu mais cedo para os campos eternos do Criador. Mas esse morrer de saudade tem cura, e somente através do tempo, muitas vezes muito tempo, até demais, permanecendo apenas as cicatrizes e as lembranças, muitas boas, outras nem tanto.
Já morrer de raiva nos leva ao fundo do poço, os pensamentos são sombrios, carregados de raios e trovões, chegamos a destilar ódio e não enxergamos sequer um palmo à nossa frente, nem mesmo quem estiver ao nosso lado tentando ajudar de alguma forma. Morrer de raiva é terrível, a ponto de nos matar de verdade.
Morrer de tédio fatalmente nos leva à depressão e a desmotivação.  Vivemos um meio termo, um vazio sem entender o motivo. Um bom livro nem pensar. O ânimo e o otimismo deixam de existir e passamos a ver o mundo em preto e branco e nem mesmo um jardim com belíssimas flores consegue nos devolver o bom humor e o otimismo. Talvez uma ducha de água fria consiga fazer esse milagre. Caso não der certo na primeira vez, pode dar na segunda ou na terceira.
Mas morrer de empolgação pode matar mesmo, principalmente quando nos empolgamos em excesso, por exemplo, durante uma partida de futebol, o coração não agüenta. Se empolgar é gostoso, mas é necessário saber dosar na medida certa. Afinal somos simples mortais.
Entendo que morrer de alegria é sublime, magnífico. O nascimento de um filho é a suprema alegria, de modo que não existem palavras que possam sintetizar esse acontecimento, apenas as lágrimas de felicidades que brotam de nossos olhos. A alegria de concluir uma faculdade, pos graduação, doutorado, um bom aumento no salário mensal, a aquisição da casa dos sonhos e de um carro novo, a alegria em ter bons amigos, da união da família, vida cristã, viver com dignidade, isso tudo é morrer de alegria.
Agora morrer de rir é gostoso, é depilar o fígado, arejar o cérebro, é descontração e relaxamento. Rimos ante uma boa piada, uma cena engraçada, ante uma peça teatral bem humorada. Em fim, morrer de rir é um ótimo remédio, sem contra indicação. Façamos um esforço, vamos rir e sorrir, mesmo em algumas situações embaraçosas, pois se rirmos e sorrirmos demonstrarmos alegria e bom humor e as pessoas que nos rodeiam provavelmente também irá rir e sorrir e, com certeza, haverá descontração e um ambiente mais “arejado”. Afinal, boas gargalhadas faz bem à saúde, mas sem exagero, é claro.

(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis –  E-mail: [email protected]

- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Confira quais são os sinais indicam que é hora de começar a usar óculos

No mundo, cerca de 2,2 bilhões de pessoas apresentam algum problema de visão, sendo que mais da metade desses...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img