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, 12 maio 2024
 
 

Em delação: Palocci diz que Dilma “deu corda” para Lava Jato implicar Lula

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O ex-ministro Antonio Palocci, cuja delação premiada foi tornada pública ontem, revelou bastidores das relações de poder entre os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff – Foto: Arquivo

O ex-ministro Antonio Palocci disse em um dos depoimentos prestados em agosto de 2018 em delação premiada, tornado público nesta sexta-feira (18), que a ex-presidente Dilma Rousseff “deu corda” para que as investigações da Operação Lava Jato implicassem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A respeito da ruptura entre Lula e Dilma, recorda-se o colaborador que, durante o crescimento da Operação Lava Jato, Dilma deu corda para o aprofundamento das investigações, uma vez que isso sufocaria e implicaria Lula”, diz o termo de colaboração.

O termo complementar de depoimento, prestado após a homologação da delação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), foi anexado em inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a Usina de Belo Monte, no Pará.

No primeiro termo, Palocci afirmou que Lula recebeu dinheiro em espécie de propina da Odebrecht. Segundo o documento complementar, ao permitir o avanço da Lava Jato, Dilma tentava “sufocar” Lula para que ele desistisse de concorrer à presidência em 2014.

Por outro lado, conforme o depoimento, Lula relembrava a Dilma que ela era a presidente do Conselho de Administração da Petrobras à época de grande parte dos fatos apurados pela operação.

Segundo ele, o ex-presidente recordava Dilma disso em diversas reuniões no Instituto Lula na presença de dezenas de pessoas. Palocci resumiu a ruptura entre Lula e Dilma em três motivos: Nomeação de Graça Foster para o comando da Petrobras; Mudança do financiamento de campanhas do PT centrado no partido e não em Lula; e construção da Usina de Belo Monte.

Na visão de Palocci, Lula era um ex-presidente dominante que queria manter o controle do governo e preparar sua volta, enquanto Dilma queria renovar o mandato. Ele ressalta no depoimento que Dilma não pode ser isentada de eventuais irregularidades.

Segundo Palocci, Lula tinha outro tipo de moral e que a única preocupação do ex-presidente era preservar a própria imagem, se afastando em momentos de ilicitudes e construindo versões que o isentavam de irregularidades.

Dilma classificou a versão de Palocci como fantasiosa e disse que não passa de uma tentativa de fazer intriga entre ela e o ex-presidente. A assessoria de imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou as acusações feitas em delação.

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