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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Arroba do boi atinge valor recorde

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Com preços excelentes, pecuaristas estão conseguindo uma rentabilidade maior e investir mais na atividade
Com preços excelentes, pecuaristas estão conseguindo uma rentabilidade maior e investir mais na atividade

Em uma fase excelente, pecuaristas encontram preços recordes para a arroba do boi gordo. Em 2009, o ápice do valor da arroba do boi chegou a cerca de R$ 80,00, na transição do fim da seca para o começo do período da águas em Mato Grosso. Este ano a arroba já chegou ao valor histórico de R$ 96,00 no Estado. Em São Paulo, a arroba chegou a R$ 108,00 de preço médio, livre de Funrural. Especialistas do setor admitem que houve uma alta espetacular no valor da carne e que não esperavam que o preço pudesse subir tanto. No entanto, na fase seguinte da cadeia produtiva, frigoríficos de Mato Grosso alegam dificuldades para manter as atividades.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, argumenta que essa surpreendente alta está sendo motivada por vários fatores. Alguns deles são a seca bastante prolongada registrada em 2010 no Estado e o volume menor de animais destinados ao sistema de confinamento. Ele continua observando que se trata ainda de um reflexo da crise na pecuária nos anos de 2006 e 2007, que forçou um abate indiscriminado de fêmeas na época, gerando falta de bezerros que hoje seriam bois gordos.
Luiz Martins acrescenta que o aumento da capacidade das indústrias de frigoríficos que se instalaram no Estado acabou gerando uma competição entre unidades do setor. Outra explicação, segundo ele, também está na melhora do poder aquisitivo do mercado interno, com aumento do consumo. Nesse sentido, pontua que a exportação não conseguiria remuneração a esse preço, em função do câmbio. Com os preços atuais, o presidente do Sindifrigo analisa que os pecuaristas estão conseguindo uma rentabilidade maior e, por conseguinte, há condições de investir mais na atividade.
Agora com preços melhores para o boi, seja magro ou gordo, acaba incentivando uma retenção maior de matrizes na pecuária. Na verdade, Luiz Martins calcula que vai demorar, no mínimo, três anos para haver uma oferta mais significativa de boi no mercado, pois agora é que os bezerros ganham prioridade entre os produtores. Com isso, nos próximos três anos, as indústrias frigoríficas vão ter de conviver com a reduzida oferta de animais para abate, ocasionando uma dificuldade de manter o volume de produção. Invariavelmente, atesta que esse ambiente não é favorável para as indústrias, pois não conseguem atingir viabilidade econômica.
Tendo menos oferta de animais, o Sindifrigo repassa que as unidades acabam tendo de produzir com a capacidade de produção reduzida, até pela metade, com aumento no custo operacional. Muitas unidades, principalmente as menores, chegam à conclusão que fica inviável manter as atividades com alta ociosidade na produção. Luiz Martins informa que, das 39 indústrias de frigoríficos existentes em Mato Grosso, 15 delas estão com as atividades paralisadas devido a esse cenário.
CONSUMIDOR – Outro segmento que sofre com a alta de preços na pecuária de corte é o consumidor final. Em Rondonópolis, a carne bovina tem sido um dos principais itens que tem puxado para cima o valor da cesta básica nos últimos meses.

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