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, 5 outubro 2024
 
 

Estiagem severa: Número de incêndios às margens da 163 é o maior desde 2015

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Dados operacionais apontam que este mês foram atendidas 159 ocorrências relacionadas a fogo na rodovia (Foto – Arquivo)

O número de atendimento a incêndios às margens da BR-163 em agosto deste ano é o maior registrado pela Nova Rota do Oeste desde 2015. Diante da baixa umidade do ar e da vegetação seca, a concessionária alerta os motoristas sobre como trafegar em trechos com incidência de fumaça e lembra sobre as medidas preventivas para evitar o início das chamas na vegetação seca.

Dados operacionais apontam que este mês foram atendidas 159 ocorrências relacionadas a fogo na rodovia, o equivalente a 45% do total registrado durante o ano todo (351 atendimentos).

O levantamento da empresa demonstra ainda que nos últimos nove anos, a incidência mensal de chamas na rodovia ficou abaixo da registrada em 2024, superando apenas 2015 quando foram atendidos 163 casos também em um mês de agosto.

De acordo com alertas da Defesa Civil de Mato Grosso, a umidade do ar no estado chegou a ficar abaixo de 12%. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) reforçam a gravidade do cenário ao indicar 10.672 focos de calor neste mês contra 2.485 registros em agosto do ano passado, um aumento de 329%.

O diretor de operações da concessionária, Wilson Ferreira, destaca que além dos danos ambientais, as queimadas refletem diretamente na segurança viária, quando registradas às margens das rodovias, visto que a fumaça prejudica a visibilidade do motorista e as chamas podem terminar atingindo os veículos ou cargas, como as de algodão (que são altamente inflamáveis) e de combustíveis.

Por isso, a Nova Rota do Oeste desenvolveu junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) um Plano Operacional de Emergência para atuação na rodovia em casos de fogo. Dependendo da intensidade das chamas e volume de fumaça, a pista precisa ser interditada. A medida teve que ser adotada nove vezes.

“Sempre que identificamos o risco à segurança viária, optamos pelo bloqueio do tráfego até que a situação seja controlada pelas equipes da concessionária, quando possível, ou pelo Corpo de Bombeiros”, explica o diretor.

Alguns trechos, como a Serra de São Vicente (BR-364), que tem um declive acentuado e bastante sinuoso, o risco de acidente aumenta muito quando a visibilidade está prejudicada. A região tem sido acometida por focos de queimadas, assim como outros pontos da BR-163/364.

Mesmo quando os trechos rodoviários não são interditados pela presença de fumaça, a recomendação aos motoristas é para que busquem um local seguro e aguardem até que as condições de visibilidade e de segurança sejam adequadas para seguir viagem.

Existindo a presença de fogo muito próximo à rodovia, a orientação é para que não tente passar pelo local, pois pode haver mudança do vento e as chamas atingirem os veículos.

“Sabemos que a vontade de seguir viagem é grande, mas não é segura nessas condições. Então, é sempre melhor aguardar em um local – que pode ser um posto de combustível ou uma lanchonete, se possível – e esperar um pouco para chegar em casa de forma mais tranquila, sem riscos”, orienta Ferreira.

 

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