
O senador Wellington Fagundes (PL) informou que o ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu, durante audiência na Câmara dos Deputados, que a pasta está finalizando o estudo do projeto de duplicação do trecho entre Rondonópolis e Jataí (GO) da BR-364, que deverá ser concedido à iniciativa privada.
Aos parlamentares, Renan explicou que é provável que a maneira mais adequada para que haja a duplicação dos cerca de 500 km do trecho seja por meio de um aporte de recursos públicos.
Isso porque a obra exige um investimento que, se for feito pela empresa que assumirá a concessão da rodovia, terá reflexo no preço do pedágio a ser cobrado dos motoristas.
“A gente tem que garantir modicidade tarifária com investimento. Para que isso ocorra, talvez seja importante a gente incluir um percentual do investimento a ser realizado pelo setor público. Isso desonera o usuário da rodovia, mas é importante que nós mantenhamos a capacidade orçamentária”.
O senador tem atuado ao lado de parlamentares e federações do Comércio de Mato Grosso e Goiás para conseguir viabilizar as obras, o que resultou na criação do Movimento Pró-Duplicação da BR-364.
“A duplicação é fundamental. Estamos falando de uma rodovia que recebe grande fluxo de veículos, inclusive de cargas. Uma rodovia duplicada garante mais segurança e conforto aos usuários”, destaca.
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A duplicação da BR-364 busca também consolidar e interligar por rodovia duplicada a maior plataforma Multimodal Ferroviária do país, da Rumo, em Rondonópolis, com a plataforma Multimodal Ferroviária da Ferrovia Norte Sul, em Rio Verde (GO), potencializando o fluxo de transportes, a logística nacional, o comércio e o desenvolvimento do Brasil.
LONGA ESPERA
O anúncio da concessão da BR-364 entre Rondonópolis e Jataí foi feito ainda em 2014, com previsão inicial de realização do leilão do trecho em 2015 – o que não ocorreu.
A partir de 2016, o projeto praticamente caiu no esquecimento quando o governo federal passou a priorizar a concessão do trecho da BR-163 entre Sinop e Miritituba (PA).
No ano passado, o projeto de concessão do trecho da rodovia foi incluído no plano do governo federal, prevendo a exploração por 30 anos da infraestrutura e da prestação do serviço público de recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do trecho. Incluía apenas a construção de terceiras faixas e correção de traçado entre Jataí e Rondonópolis.
A não exigência da duplicação do trecho no projeto de concessão levou a uma mobilização entidades empresariais de Rondonópolis e Goiás para cobrar mudanças no projeto com a inclusão da duplicação.
Se não virar uma outra Rota Oeste, então seria muito bom!