A Câmara Municipal aprovou, na sessão de quarta-feira, 11, o projeto de lei que autoriza a Prefeitura a prorrogar o contrato vigente com a Santa Casa por mais 60 dias. Nesse ínterim, deve-se discutir uma nova contratualização para a prestação de serviços ao município pelo hospital filantrópico.
Ao longo da discussão do projeto encaminhando pelo prefeito Cláudio Ferreira (PL), como mostrou o A TRIBUNA ontem, os vereadores destacaram a importância da prorrogação do contrato, previsto para vencer em 15 dias.
Porém, ressaltaram a necessidade de haver um debate maior entre a gestão municipal e a unidade de saúde para que seja feita uma nova pactuação, prevendo valores compatíveis com a realidade atual.
Pela importância da Santa Casa para a saúde pública de Rondonópolis é, realmente, fundamental que a gestão municipal e a direção do filantrópico estejam alinhados para garantir as condições para que o hospital continue atendendo a população.
Imagina o que seria da saúde pública em Rondonópolis sem o atendimento de média e alta complexidade, bem como de maternidade, que a Santa Casa realiza. Seria um caos!
Então, é chegada a hora de se buscar uma solução definitiva para os problemas que essa instituição cinquentenária já enfrenta.
Diferente da gestão anterior, quando o ex-prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) vivia em cabo de guerra com a direção da Santa Casa, o prefeito Cláudio Ferreira já deu sinais de que está disposto a sentar para discutir uma nova pactuação.
A Santa Casa há vários anos aponta que não recebe pagamentos suficientes para cobrir os custos dos serviços que presta pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ou seja, os contratos pactuados pelo filantrópico com o poder público possuem valores defasados. Vale lembrar que o hospital recebe recursos federais, estaduais e municipais.
Por outro lado, o que se espera, desta vez, é que a Santa Casa apresente dados que comprovem seus custos e de corte de gastos desnecessários que existem, como tem revelado a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada na Câmara Municipal para investigar as contas da Santa Casa de Rondonópolis.
Enfim, é urgente e primordial encontrar um caminho para garantir a sustentabilidade financeira para a Santa Casa e, com isso, colocar um ponto final nas sucessivas crises enfrentadas, que acabam impactando negativamente na saúde pública.
