Depois da dívida com a extinta Sanemat de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, a Prefeitura de Rondonópolis tem mais um grande problema para resolver: O embargo do Aterro Controlado da Mata Grande pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
A situação levou ao fechamento dos ecopontos da cidade, porque não há lugar para o descarte dos restos de materiais de construção, jardinagem, móveis, dentre outros inservíveis que não são coletados com o lixo doméstico.
Isso realmente é um grande problema, pois sem local correto de descarte, esses materiais acabarão sendo jogados em terrenos baldios ou nos conhecidos “bolsões de lixo”. E ai Rondonópolis pode virar um verdadeiro “lixão”.
Conforme a Prefeitura informou, a gestão de Cláudio Ferreira foi pega de surpresa, pois não esperava o impedimento do local após tanto tempo de funcionamento irregular, assim como não recebeu nenhum tipo de contato prévio antes da notificação e multa entregues na semana.
Sem tempo hábil para estudar uma solução, a entrada do Aterro Controlado foi fechada, sendo necessário também o fechamento dos ecopontos da cidade, que são locais que recebem esses entulhos e podas de árvores para depois serem conduzidos para o Aterro.
Além disso, esse problema vem justamente em um momento em que a cidade enfrenta um surto de arboviroses com o município ainda enfrentando uma batalha contra o Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, chikungunya e zika.
O que se espera é que o Município consiga reverter essa decisão administrativamente junto a Sema o mais rápido possível. Caso contrário, a situação pode se agravar com impactos negativos para o meio ambiente e a saúde pública da população.
Vale lembrar também que além do embargo pegar a gestão municipal de surpresa, o Aterro, localizado ao fundo da Penitenciária da Mata Grande, é atualmente gerido pelo Serviço de Gerenciamento de Descartes (Seger) e funciona há cerca de 20 anos sem licença ambiental.
