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, 5 dezembro 2024
 

EDITORIAL: Guerra contra a Hanseníase…

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(Foto – Tony Ribeiro/TCE-MT)

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT) declarou guerra contra a hanseníase. Como mostrou na edição de ontem do A TRIBUNA, o presidente do TCE, Sérgio Ricardo, anunciou que a partir do próximo ano os gestores municipais vão ter que prestar contas da situação da hanseníase no seu respectivo município.

O anúncio da exigência de dados da doença nas contas municipais, a partir do próximo ano, ocorreu durante o Seminário “Construindo Ações para Mato Grosso Livre da Hanseníase”, realizado no auditório da Escola Superior de Contas do TCE-MT e que reuniu cerca de 350 gestores e profissionais de saúde de 103 municípios de Mato Grosso e de outros Estados.

Com esta medida, o TCE pretende mapear a doença e entender por que ela ainda persiste no Estado, que figura com a vergonhosa liderança no ranking de registros de casos no país. Somente este ano são mais de quatro mil casos confirmados.

A ideia é estabelecer um ponto de controle para que todos apresentem quantas pessoas têm hanseníase no seu município e qual a política de saúde que estão desenvolvendo.

A partir deste raio x da doença no Estado, pretende-se estabelecer estratégias de combate à hanseníase, que é uma doença já erradicada em muitos países, mas que ainda, infelizmente, persiste em nosso país.

Em todo o Brasil, a doença, que é uma das mais antigas do mundo e já foi conhecida por muito tempo como lepra, tem acometido média de 1,51 pessoa a cada grupo de 10 mil, de acordo com os últimos levantamentos divulgados pelo governo federal.

Já em solo mato-grossense, para se ter uma ideia, a taxa supera com ampla folga a média nacional, atingindo 7,69 pessoas para cada grupo de 10 mil.

O que se espera é que esta ação de guerra lançada pelo TCE/MT possar ajudar a reverter o atual cenário alarmante da doença no Estado, promovendo uma solução definitiva para esse grave problema de saúde pública.

Afinal, é uma verdadeira contradição para um Estado tão rico economicamente como o nosso, ter ainda que conviver com estes altos índices de uma doença milenar como a hanseníase.

 

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