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Rondonópolis
, 7 novembro 2024
 

EDITORIAL: Pesquisas desmoralizadas…

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A maior eleição municipal da história de Rondonópolis, além de marcar fatos importantes como a eleição por meio de voto direto do primeiro prefeito nascido no município, e a formação da maior bancada feminina da história no legislativo, ficará na memória dos eleitores pelo fiasco protagonizado pelas pesquisas eleitorais durante toda a campanha, quando foram realizadas cerca de duas dezenas delas.

O que se viu em Rondonópolis, e também em outros municípios importantes como Cuiabá, Várzea Grande e Primavera do Leste, foram os erros das pesquisas eleitorais.

Esses erros também acabaram influenciando as campanhas, que adotaram estratégias equivocadas e que, certamente, tiveram influência nas dinâmicas adotadas pelos candidatos ao longo do processo eleitoral.

Felizmente, aparentemente, o eleitor não chegou a ser afetado em sua decisão de voto, mas pesquisas erradas podem sim, mudar resultados e influenciar uma eleição.

Incontestavelmente, as pesquisas erraram e é preciso que, não só os institutos repensem os seus métodos de levantamento, como a Justiça Eleitoral busque formas de impedir que situações como a vivenciada nas principais cidades de Mato Grosso se repitam. Ficam as dúvidas se elas são manipuladas para atender a vontade de quem as contratam.

O problema é que a divulgação dessas pesquisas eleitorais com resultados equivocados podem prejudicar uma eleição. Podem direcionar o voto do eleitor e acabar influenciando os resultados eleitorais, e isso é muito prejudicial para o processo democrático.

Se o pleito não teve prejuízos desta vez, com o eleitor mantendo o seu posicionamento e elegendo aquele que realmente escolheu, isso pode não ocorrer em eleições futuras.

O eleitor deve ter o direito de ser informado corretamente. Se as fake news prejudicam o processo eleitoral, da mesma forma as pesquisas erradas também podem causar danos, sejam elas feitas propositalmente de forma errônea para beneficiar esse ou aquele, ou por utilização de um método equivocado de levantamento e abordagem de dados.

Os três candidatos, em algum momento, andaram liderando em pesquisa, o que já foi motivo para muito descrédito, e nenhuma delas chegou pelo menos perto do resultado das urnas.

Que esse momento sirva de reflexão para os políticos, para quem faz as campanhas, para os próprios institutos de pesquisa e, principalmente, para a Justiça Eleitoral. O processo democrático não pode ser manchado.

 

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