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Rondonópolis
, 22 março 2025
 

EDITORIAL: Estiagem no Pantanal preocupa…

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(Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT)

Conforme o período de estiagem deste ano avança, as preocupações com a crise hídrica, principalmente na bacia hidrográfica do Paraguai, aumentam. Tanto que ontem (9), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) publicou uma instrução normativa que estabelece o controle do uso da água na bacia do Paraguai.

O documento tem vigência até 31 de outubro, quando termina o período de seca na região, e impõe uma série de condições especiais para o uso da água em Mato Grosso.

A crise hídrica na região do Pantanal é um problema que tem se intensificado ao longo dos anos e que surge como reflexo das mudanças climáticas.

A situação esse ano é ainda mais preocupante, uma vez que estudos apontam que 2024 o Pantanal enfrente sua pior crise hídrica da história. Ou seja, os períodos de seca têm se intensificado e podem trazer impactos irreversíveis ao bioma e à economia das populações locais.

Conforme o estudo encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão, o Pantanal enfrenta, desde 2019, o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma.

Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

Ainda, de acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira.

A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

A verdade é que não se pode mais remediar ou adiar medidas que possam reverter as mudanças climáticas e isso depende do mundo como um todo.

Contudo, uma maior proteção aos biomas brasileiros não pode ser deixada de lado pelos governantes. É preciso agir antes que os impactos negativos sejam permanentes.

 

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