
Como mostrou o A TRIBUNA em reportagem da edição de ontem, quinta-feira (4), a Prefeitura de Rondonópolis vai construir mais duas áreas de lazer por cerca de R$ 5 milhões, além de realizar mais uma reforma na Praça Bom Jesus da Vila Operária, que, inclusive, passou por reforma há cerca de dois anos, com investimentos de aproximadamente R$ 1,6 milhão.
A questão aqui não é o fato de áreas de lazer e praças serem construídas, até porque a população tem direito a ter espaços para lazer e práticas esportivas, mas o fato dessas áreas, após concluídas as obras, não contarem com os cuidados necessários para manutenção.
Como muitas vezes foi mostrado no A TRIBUNA, a maior parte das praças e parques recentemente construídos não contam com manutenção e limpeza adequadas, e com segurança eficiente, pois o cercamento de espaços não impede que ações de vandalismo continuem sendo praticados.
Tanto é assim, que a Praça Bom Jesus da Vila Operária já deve passar por mais uma reforma, que custará mais de R$ 160 mil aos cofres municipais, justamente porque virou alvo constante de vandalismo.
A falta de limpeza e manutenção dessas áreas de lazer e parques, assim como o vandalismo, além de destruírem o patrimônio público, afasta a população desses locais, pois acaba não podendo usufruir dos espaços.
O prejuízo é duplo: o dinheiro público é desperdiçado e as pessoas continuam sem a área de lazer e esporte que deveria contribuir para melhorar a qualidade de vida dos moradores.
Enfim, o problema nem está na construção de áreas de lazer, porque as comunidades têm direito de ter esses espaços, mas na maneira como estes locais são mantidos após construídos. O dinheiro público não está sendo bem cuidado, isso é evidente.
Passou da hora da Prefeitura oferecer mecanismos para garantir maior segurança nas praças e parques e impedir que esses locais sejam vandalizados.
Alternativas existem, como contratação de vigilância, instalação de vigilância eletrônica ou, o que seria primordial, parcerias com as associações de moradores para que podessem gerir esses espaços, garantindo segurança e manutenção adequadas.
O que falta é capacidade, é gerência, para resolver o problema e parar de jogar dinheiro público no lixo. Serão mais 5 milhões de reais aplicados sem nenhum critério e planejamento de continuidade.