
Não é novidade que a violência contra educadores é fato que preocupa no Brasil. Tanto que agora, o Observatório Nacional da Violência contra Educadoras (Onve) lançou oficialmente na última sexta-feira (7) a pesquisa nacional: “A violência contra educadores como ameaça à educação democrática: um estudo sobre a perseguição de educadores no Brasil”.
A intenção é ouvir os próprios educadores, que responderão perguntas com suas próprias experiência e com base no levantamento criar um banco de dados para que possa ser feita uma estimativa do que acontece em todo o Brasil em termos de violência contra os educadores, além de protocolos de acolhimento jurídico e psicológico para aqueles que sofrem violência.
A iniciativa da pesquisa é importante, até porque é preciso compreender a realidade da violência sofrida pelos professores e a partir disso, criar formas de combater o problema, bem como de acolher as vítimas de forma adequada. Infelizmente, essa é uma realidade que não pode ser esquecida e que necessita de políticas públicas específicas.
O problema existe e deve ser tratado com prioridade. É preciso que se discutam meios de minimizar essa violência e proteger os educadores, garantindo, ao mesmo tempo, que se tenha no país uma sociedade que consiga trabalhar com o debate democrático e discussão de ideias.
A proposta inicial é criar um disque 100 com um protocolo específico de encaminhamento de violações de direitos humanos de educadores e educadoras.
O que se espera é que os educadores participem da pesquisa, contem suas experiências com a violência e que esses dados possam efetivamente servir para combater o problema e prestar um serviço mais adequado de atendimento aqueles que são vítimas.
Além de ser primordial, ter um protocolo específico para os professores e professoras reconhecidos como categoria vulnerável no Disque 100, é fundamental a adoção de ações de acolhimento para as vítimas.