Aportaram na Câmara Municipal, em regime de urgência, no início da semana, seis projetos de Lei encaminhados pelo prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) prevendo a criação de cerca de 160 cargos em cinco secretarias.
Polêmicos, os projetos por pouco não seriam aprovados, sem ser notados pela opinião pública, já que chegaram na Casa de Leis, em regime de urgência, e foram encaminhados à votação na sessão de quarta-feira (3), durante a reunião da Ordem do Dia, que como se tratou da primeira do mês, ocorreu de portas fechadas.
Contudo, a reportagem do A TRIBUNA na quarta-feira, 3, com a notícia da votação a “toque de caixa” sobre esses projetos encaminhados pelo prefeito José Carlos do Pátio, gerou uma forte repercussão negativa também pelas redes sociais.
Como estamos em ano eleitoral, os vereadores, já de olho nas urnas, ficaram reticentes em votar os projetos, e mesmo o líder do prefeito na Casa de Leis, vereador Reginaldo Santos (SD), dizendo se tratar apenas de uma restruturação do organograma de cinco pastas da gestão, a discussão foi geral.
Isto é, segundo o vereador Reginaldo, as propostas seriam para supressão de alguns cargos existentes e para criação de outros, e no frigir dos ovos não seriam criados 160 cargos.
No entanto, o fiel escudeiro de Pátio na Câmara Municipal não conseguiu convencer os demais colegas a votarem favorável, como mostrou ontem o A TRIBUNA.
Diante de uma derrota iminente, não restou ao fiel líder do prefeito em tirar o time de campo, ou seja, retirar da pauta os projetos. Os vereadores fizeram bem em não votar estes projetos a toque de caixa.
Pois, sem dúvida alguma, representarão aumento da folha de pagamento, mesmo com o líder de Zé do Pátio tentando “enxugar gelo”, o que anda fazendo muito ultimamente, dizendo que não haveria tanto impacto assim.
Vale ressaltar que é, no mínimo, estranho o prefeito só agora, menos de nove meses para terminar o seu mandato, mandar para a Câmara esses projetos com a criação desses cargos, com salários entre R$ 2.102,94 e R$ 7.684,77.
E bem num período pré-eleitoral, quando muito já se discute uma acirrada disputa pela Prefeitura Municipal, em eleições para 6 de outubro próximo. E para piorar, sem o mínimo de informação sobre os impactos orçamentários e financeiros que os novos cargos gerarão de imediato na folha de pagamento, bem como para os próximos anos, quando outro prefeito já estará sentado na cadeira mais importante do Palácio da Cidadania.
Por mais que se tenha boa vontade, não dá para acreditar que só agora o prefeito Zé do Pátio, que já está na cadeira há sete anos e três meses, tenha percebido a necessidade dessas “reestruturações” de cargos.
Não convenceu este argumento para justificar o injustificável e não deixa dúvida de que se trata de interesse meramente eleitoreiro, visando conquistar cabos eleitorais, maquiados como servidores, para o pleito que se aproxima.
Ainda bem para os cofres públicos que o Zé perdeu mais esta!
Absurdo se isso fosse aprovado!
População precisa saber a diferença entre servidores comissionados e efetivos! Os comissionados são de confiança do Prefeito, só fazem o que ele manda, senão vão para o olho da rua! Muitas vezes não são punidos, apenas perdem o cargo, caso haja uma repercussão na sociedade. Mas não sofrem punição administrativa, como os efetivos que, mesmos estáveis, sabem q se atentarem contra a Administração Pública, podem se demitidos e ser impedidos de fazer outros concursos. Cargo comissionado no Brasil só serve para uma coisa, favorecer a CORRUPÇÃO!!!! Acorda Rondonopolis!!!
Todos sa