
O fim de semana teve manifestações para o Dia Mundial do Autismo. Um momento para a sociedade refletir sobre esse transtorno e as necessidades de conscientização, diagnóstico precoce e tratamento adequado para essas pessoas.
Em Rondonópolis, o que se vê hoje é que a mobilização de pais, responsáveis e profissionais da saúde, ao longo dos anos trouxeram muitos avanços, principalmente, divulgando mais informações sobre a doença, ampliando a inclusão e atendimento especial nas escolas da rede pública para crianças com transtorno autista, porém ainda há muito o que se fazer.
Um dos pontos principais que precisa ser abordado é a questão do tratamento especializado na rede pública de saúde, que atualmente ainda é bastante deficiente.
E, essa deficiência, acaba atingindo famílias mais vulneráveis que não têm como arcar com tratamentos caros. São as crianças e adultos autistas de baixa renda os mais prejudicados e que, por essa falta de acesso ao tratamento acaba sofrendo com a exclusão e enfrentando inúmeras dificuldades que poderiam ser superadas com tratamento adequado.
O poder público precisa, urgentemente, investir na implantação de um centro especializado para o tratamento pelo SUS para as crianças e adultos autistas, que não podem ter acesso ao tratamento privado. As famílias mais vulneráveis não podem continuar excluídas.
A realidade é que Rondonópolis não dispõe hoje de um espaço que atenda as necessidades de tratamento especializado para o autismo na rede pública e por isso, pais, responsáveis e associações vêm cobrando a criação de uma clínica escola com atendimento profissional voltado exclusivamente para quem tem transtorno autista.
A intenção é garantir que todos tenham a mesma possibilidade de tratamento, o que garante melhor qualidade de vida e inclusão para esses pacientes.
Está na hora de olhar com mais atenção para essa questão, ampliar o acesso ao diagnóstico rápido na rede pública e criar as condições necessárias para garantir o tratamento adequado. Tanto o prefeito do Município como o governador do Estado precisam atuar e garantir o acesso ao tratamento para todos. É um direito que deve e precisa ser garantido.