
Não é de hoje que a saúde de Rondonópolis vem enfrentando problemas. Contudo, vale ressaltar que os problemas, geralmente, são pontuais, mas que a demora na solução e, em alguns casos, a inércia do poder público, acaba gerando uma impressão de que os problemas são maiores do que realmente são.
A percepção é de que falta uma gestão mais ágil para que a maior parte deles sejam resolvidos. A questão é que essas situações pontuais acabam prejudicando a população e é, justamente isso, que precisa ser evitado.
O que se vê ocorrendo hoje na saúde municipal são situações específicas que atrapalham o atendimento adequado do público, como falta de medicamentos, a falta de um médico aqui e outro lá, a demora no atendimento de emergência, ou a falta de leitos quando há aumento da demanda de pacientes, ou ainda a demora em assinar um simples contrato com o Consórcio Regional de Saúde, que congrega todas as prefeituras da região, que acaba deixando a população sem serviços médicos fundamentais como exames e consultas com especialistas, entre outros problemas pontuais. São situações que poderiam ser resolvidas com rapidez ou, melhor ainda, nem deveriam existir.
Como é de conhecimento da população, o orçamento da saúde deste ano no Município é de quase meio bilhão de reais, o que indica que os problemas não são decorrentes da falta de recursos e poderiam ser resolvidos. A impressão que se tem é que o poder executivo precisa aprimorar a gestão da saúde.
A descentralização das decisões poderia ser um caminho a seguir, pois a Secretaria de Saúde é hoje uma das maiores pastas municipais e com as decisões centralizadas a tendência é que os problemas acabam se prolongando além do necessário.
Diante do cenário pelo qual passa a Saúde municipal é fundamental que se atue com mais agilidade e eficácia para resolver os problemas e que não se crie mais impasses desnecessários que somente prejudicam a população.
A centralização das decisões envolvendo uma pasta tão grande e complexa como a Saúde precisa ser repensada. A população não pode mais ser prejudicada pela demora na tomada de decisões e por “brigas” e “embates” políticos que não vão produzir resultados positivos para a população.
Com a saúde não pode haver demora, porque são vidas que podem se perder. Rondonópolis tem sim problemas na saúde, mas muito se avançou nos últimos anos e é passada a hora de fazer algumas mudanças para evitar que problemas que são pontuais prejudiquem as pessoas a ponto de passar a impressão para a sociedade de que existe um “caos” na saúde, que na verdade não existe.
Mas é necessário ajustar a gestão, descentralizar as decisões e assim, evitar que situações simples de serem resolvidas se prolonguem, causando prejuízos nos serviços prestados para os cidadãos.