O anúncio do fim do Festival Mato-grossense – Encontro da Dança, após dez anos de realizações, e que se constituiu ao longo de uma década numa das maiores vitrines que projetavam de maneira brilhante a cidade de Rondonópolis para todo o Brasil, mostrando-a como uma cidade pólo e referência, sendo apontada, inclusive, como capital da dança no estado, põe fim a uma era de sucesso e realizações.
Essa decisão, noticiada pelo jornal A TRIBUNA em sua edição de domingo, deixa órfão não apenas o segmento local da dança, que é considerada a arte dos movimentos perfeitos, da leveza, do gingado, das emoções e da expressão, mas a dança nacional, porque as luzes de mais um palco foram apagadas.
Ao longo de uma década, a cidade de Rondonópolis foi projetada e discutida nos grandes centros da dança do país. No entanto, esse anúncio apaga e deixa triste o palco da dança regional.
Há dez anos, quando acontecia a realização da primeira edição do festival, muitos céticos apostavam no seu fracasso.
No entanto, a dedicação, a perseverança dos organizadores fez com que o sonho da interiorização da dança em Mato Grosso fosse aos poucos sendo materializado, ganhasse corpo e se projetasse no cenário nacional, como uma referência de trabalho e realização do casal Sarah Jane e Paulo Venâncio, da Academia Líder de Artes, os principais idealizadores e realizadores do festival.
Com o fim do Encontro da Dança, Rondonópolis vai deixar de ser o centro das atenções, o principal palco da dança do Estado de Mato Grosso.
Agora, a expectativa fica por conta do interesse manifestado por duas destacadas bailarinas da capital, em realizar um festival de dança em Cuiabá. Já que por aqui, a promessa é de que seja realizada apenas uma Mostra Municipal de Dança, sem o glamour das celebridades de expressão nacional e internacional e, sobretudo, sem o brilho das competições.
É realmente uma pena, mas o fim do Festival Mato-grossense – Encontro da Dança, deixa a cultura regional de luto.