Nesta sexta-feira, dia 9 de maio, celebrou-se a Fundação de Mato Grosso, data em que a Capitania de Mato Grosso foi criada por carta régia em 1748, separando-se da Capitania de São Paulo. Em Rondonópolis, a Escola Estadual Nunes Rocha marcou a ocasião com uma série de atividades organizadas pelo professor de História Tiago Alinor Benfica, proporcionando aos alunos do ensino médio um contato direto com a história local.
Entre as atrações, os estudantes puderam explorar a exposição fotográfica Amo Rondonópolis, acervo de fotografias da Coder (Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis), além de objetos antigos usados no cotidiano do passado.
Formação Docente e a Iniciativa do PIBID
O evento contou com a participação de estudantes da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) por meio do PIBID (Programa Institucional de Iniciação à Docência), iniciativa do governo federal que oferece bolsas a 23 alunos do curso de História da UFR. Eles atuam em três escolas da cidade: Nunes Rocha, Marechal Dutra e Professora Edith Pereira Barbosa.
“O PIBID é uma oportunidade para que alunos da UFR vivenciem na prática a profissão docente, entendam a realidade das escolas e desenvolvam projetos e ferramentas pedagógicas”, destacou Tiago Benfica, que já havia participado do projeto “Desvendando o Mato Grosso” em Sinop.
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A proposta, segundo ele, foi criar uma ação semelhante para reforçar a memória dos estudantes sobre a história estadual e local.
Exposição e Reflexão dos Estudantes
O evento começou com uma palestra do professor da UFR Luciano Carneiro, que abordou a história de Rondonópolis.
Depois, os alunos visitaram o acervo fotográfico da Coder, uma mostra de objetos antigos como máquinas de datilografia, panelas de ferro, balança, máquina calculadora manual, um ferro de passar roupas que era aquecido a brasa, moedas, discos de vinil, alguns livros, além da exposição “Amo Rondonópolis”, elaborada pelo curso de Jornalismo da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), sob curadoria do fotógrafo e acadêmico Roberto Barcelos.
A aluna Isabela Campos Martins, de 15 anos, se encantou com a experiência: “Foi incrível ver como tudo era antes, como mudou, conhecer mais sobre nossa cidade e nosso estado. Muita coisa mudou bastante.”
Já Marcos Vinícius Neri, de 16 anos, reforçou a importância da iniciativa: “É sempre bom conhecer nossas raízes. A cidade passou por muitas mudanças, evoluiu bastante. Antes, muita gente morava em casas simples de madeira e barro, e agora está tudo melhorado.”
Para o professor e historiador Luciano Carneiro, ações como essa aproximam os estudantes da identidade cultural da cidade e ampliam seu conhecimento histórico.
“Além de beneficiar os alunos do ensino médio, esse tipo de iniciativa também é fundamental para os estudantes da UFR que estão se preparando para a docência. O contato direto com o ambiente escolar os ajudam a consolidar a formação e os motiva a contribuir com a educação no futuro.”