
A ausência de um pátio municipal para veículos apreendidos em Rondonópolis tem comprometido diretamente o trabalho das forças de segurança e da fiscalização de trânsito no município.
A situação preocupa lideranças, que reforçam a urgência na retomada dessa estrutura como parte das estratégias de prevenção à criminalidade e à organização do tráfego urbano.
O presidente da Federação dos Conselhos Comunitários de Segurança (Feconseg-MT), Danillo Moraes, defende que a implantação do pátio é uma medida essencial para garantir o cumprimento das leis de trânsito.
“Os Consegs têm o dever de atuar antes que o crime aconteça e discutir medidas para reduzir acidentes é fundamental para promover mais segurança no trânsito”, declarou Moraes.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Rondonópolis, Ivonei Resmini, também se manifestou a favor da implementação do pátio de apreensões no município.
“Nós, do Conselho de Rondonópolis, apoiamos para que tenha o pátio para que as forças de segurança, a Polícia Militar, possa trabalhar e melhorar o nosso trânsito”, afirmou.
Ele acrescentou que veículos irregulares, como motos e carros sem documentação ou oriundos de crimes, continuam circulando livremente, aumentando o risco de acidentes e criminalidade.
“Carros sem documento, carros atrasados, sem placa, por roubo, por furto e também pessoas sem habilitação acabam atrapalhando o bom andamento do trânsito. Isso causa muitos acidentes e lota o Hospital Regional, prejudicando quem realmente precisa de atendimento por outros motivos”, completou Resmini, ressaltando os impactos da falta de fiscalização tanto na saúde pública quanto na economia local.
A cidade está sem pátio de apreensão desde 2019, quando o antigo Pátio Rondon foi desativado durante a gestão do ex-prefeito Zé Carlos do Pátio. A decisão, tomada em conjunto com os vereadores da época, deixou um vácuo na estrutura de fiscalização do município.
Para o presidente do Conseg local, a ausência de um pátio não afeta apenas o trânsito, mas toda a segurança pública. “A maioria dos assaltos que acontece em Rondonópolis envolve motos furtadas ou roubadas. Com a apreensão desses veículos, seria possível devolvê-los aos verdadeiros proprietários e retirar das ruas os meios usados para praticar crimes”, disse Resmini. Ele acredita que, com o reforço na fiscalização e a existência do pátio, haveria impacto direto na redução da criminalidade.
Além da segurança, o setor comercial também é prejudicado. Segundo Ivonei Resmini, a falta de controle sobre veículos irregulares afeta empresas e reduz a arrecadação do município.
“O comércio e as empresas seriam beneficiados com mais ordem no trânsito. A fiscalização ajuda, inclusive, na arrecadação, garantindo que todos cumpram com suas obrigações”, pontuou.
Diante desse cenário, os Conselhos de Segurança de Rondonópolis e do estado de Mato Grosso têm unido esforços para sensibilizar o poder público sobre a necessidade da implantação urgente do pátio. “Estamos trabalhando juntos para que Rondonópolis seja melhor para viver”, afirmou Resmini.