Uma cena que já está ficando rotineira. Como forma de fazer pressão, quando algum projeto de interesse do prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) está em discussão na Câmara Municipal, as galerias do plenário ficam lotadas durante as sessões.
Ontem, foi a vez dos trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) comparecerem para “pressionar” os vereadores a aprovarem um projeto que, conforme passado a eles pela diretoria da empresa pública, garantiria recursos para o pagamento da folha salarial.
O que estranhou os vereadores é que o projeto de crédito, de aproximadamente R$ 4 milhões, encaminhado em regime de urgência pelo Paço Municipal, tinha como destino a Secretaria de Infraestrutura.
“Causou estranheza, pois os trabalhadores da Coder vieram para cá cobrar a aprovação deste projeto de aproximadamente R$ 4 milhões para garantir o pagamento da folha salarial. Acontece que o projeto não era específico para a Coder e o valor bem superior ao da folha que, segundo informações, gira em torno dos R$ 2 milhões”, observou o vereador Dr. Jonas Rodrigues (MDB).
Diante do impasse, a Sinfra foi chamada e esclareceu aos vereadores que o valor era para o pagamento de serviços de execução de galerias no Celina Bezerra. Após os esclarecimentos, o projeto foi à votação e acabou aprovado por 14 votos favoráveis e nenhum contrário.
“Vamos acompanhar agora esta situação da Coder”, disse Jonas. “Lamentavelmente, o prefeito Zé Carlos do Pátio tem incitado trabalhadores para comparecerem às sessões e pressionar vereadores, sendo que são situações que o próprio prefeito poderia resolver por meio de decreto, fazendo remanejamento do orçamento”, externou o emedebista.
Na semana passada, vários parlamentares ficaram na bronca com Pátio e o acusaram de tentar colocar moradores do Altamirando II contra o Poder Legislativo.
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Um grupo de moradores foi até a Câmara para “pressionar” os vereadores a votarem um projeto prevendo recursos para serem investidos em obras de infraestrutura no referido loteamento. No entanto, os vereadores alegaram que não tinha na pauta projeto com este fim para ser votado na sessão.
O presidente da Câmara Municipal, Júnior Mendonça (PT), refutou as informações repassadas pelo Executivo de que a Câmara estaria segurando projetos. “São falácias. Não há nenhum projeto vencido, fora do prazo, nem fora do tempo aqui na Câmara. O que existe aqui são reparações. Estamos resolvendo problemas do orçamento que está bagunçado”, criticou o petista.
A mesma moda que Arthur Lira faz na câmara dos deputados federais e os bolsonaristas apoiam