Dom Maurício da Silva Jardim, bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, nos últimos dias, recebeu em audiência, na cúria diocesana, candidatos à Prefeitura e Câmara de Vereadores de Rondonópolis. Na pauta dos encontros, preocupações com o município e os planos de governo de cada candidato, bem como as expectativas da Igreja Católica na atuação do poder público.
No protocolo das audiências, dom Maurício Jardim permite registrar fotos com todos os candidatos, sem distinção, e deixa claro que a Igreja Católica não tem um candidato de preferência, mas deseja escutar e dialogar com todos. Aos candidatos a prefeito da cidade, o bispo entrega uma cartilha política produzida pela CNBB do Paraná e assumida pela diocese para ajudar na reflexão e discernimento dos católicos.
Dom Maurício, em seus encontros com os candidatos, reitera as preocupações concretas do episcopado de Mato Grosso.
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“Essas eleições têm uma importância particular pela proximidade dos candidatos e candidatas com os eleitores, bem como, com suas preocupações mais concretas, por exemplo, a educação de qualidade para as crianças e adolescentes, o sistema público de saúde eficiente e para todos, a segurança para vivermos em sociedade, a moradia digna e acessível à população de baixa renda, o cuidado com o meio ambiente, nossa casa comum, a atenção especial aos povos indígenas e à população em situação de rua, entre outras. Diante destas preocupações, se esperam garantir políticas públicas que atendam principalmente os mais pobres e vulneráveis”. (Mensagem dos bispos do Mato Grosso publicada no dia 12 de junho de 2024)
Dom Maurício recorda que a Igreja Católica não tem partido, mas incentiva que os cristãos católicos assumam responsabilidades no campo político, inclusive orientou que aqueles ou aquelas que já exercem ministérios ou serviços pastorais específicos, sem prejuízo para as suas campanhas políticas e para os exercícios dessas suas funções, poderão continuar exercendo seus ministérios e funções pastorais, de comum acordo com os párocos, desde que não se utilizem do serviço que exercem na Igreja para fazer campanha político partidária.
Em seus encontros com os candidatos, o bispo tem reafirmado o que Papa Pio XI dizia: “A política é a melhor forma de exercer a caridade”.
Dom Maurício acredita que o diálogo é o melhor caminho para construir pontes em vista do bem comum, tendo um olhar preferencial para os mais empobrecidos da sociedade. “Os vulneráveis são os que mais necessitam do poder público”, atesta.