Referência na atuação de combate à hanseníase em Rondonópolis e Mato Grosso, o alemão que atualmente vive em Cuiabá e trabalha com a associação Brasilien Hilfe, Manfred Göbel, esteve na cidade nesta semana proferindo palestra aos agentes comunitários de saúde.
Manfred foi um dos palestrantes durante a capacitação sobre hanseníase promovida pela Secretaria Municipal de Saúde.
O presidente da Brasilien Hilfe, o alemão, Franz-Josef Beringer, que está atualmente no Brasil, também acompanhou Manfred a Rondonópolis.
Em visita ao A TRIBUNA, Manfred explicou que a capacitação dos agentes comunitários de saúde sobre a hanseníase, recebendo informações históricas sobre a doença e tratamento, é fundamental para que esses profissionais que atuam diretamente com a população possam identificar novos casos, encaminhar para tratamento, bem como contribuir para reduzir o estigma, que até hoje, mesmo com tratamento que resulta na cura, ainda permeia a doença.
“A Secretaria de Saúde informou que, em 2023, foram identificados 80 casos de hanseníase em Rondonópolis, mas acreditamos que existe ainda um número oculto de casos não identificados. Então, é muito importante que os agentes comunitários de saúde estejam capacitados para identificar casos e pacientes para que o tratamento seja feito adequadamente”, disse.
Ele destacou ainda que a preocupação é justamente a de olhar para o problema da hanseníase porque muitos ainda estão sem diagnóstico. “Quando os casos não são diagnosticados, a doença pode se espalhar mais e outras pessoas acabarão infectadas”, alertou.
Manfred atua hoje com a associação alemã Brasilien Hilfe, que desenvolve ações de apoio a projetos com crianças em áreas de vulnerabilidade em Mato Grosso.
———— CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE ————
————————————————————————————
Em Rondonópolis, a associação trabalha em parceria com o Kobra, que na cidade fornece capacitações para a população em vulnerabilidade social dentre outros projetos.
O Kobra, como explicam a assistente social Josilene Alves, e a presidente do Kobra, Josiane Alves, também acompanha os pacientes em tratamento de hanseníase que estão em situação de vulnerabilidade social. Hoje, 15 são acompanhados pela entidade.