Empresários de estabelecimentos localizados em algumas das principais vias da cidade, como as avenidas Bandeirantes e Goiânia, estão preocupados com o aumento crescente de pessoas em situação de rua que ficam em semáforos pedindo ajuda e daqueles que dormem ao relento. A percepção é de que há um número maior de pessoas nestas condições.
Ao A TRIBUNA, a secretária Municipal de Promoção e Assistência Social, Fabiana Perez, destaca que apesar da percepção de que possa ter ocorrido um aumento no número de pessoas vivendo em situação de rua em Rondonópolis, os números mostram outra realidade.
A estimativa atual aponta 213 pessoas cadastradas no Cadastro Único em situação de rua na cidade, número menor que aquele de 2023, quando 372 pessoas estavam cadastradas vivendo nestas condições.
Fabiana explica que há mais de um perfil dessas pessoas em situação de rua e, por isso, a percepção de que há mais gente nestas condições atualmente pode ser diferente do que demonstram os números.
“Um é o perfil da pessoa que está na rua numa condição de pernoitar, de buscar acomodações insalubres e impróprias. São essas pessoas que são cadastradas em situação de rua. O outro perfil, que chama a atenção na nossa realidade, é o de pessoas que são residentes em Rondonópolis, que têm casa e família na cidade, mas optam em passar o dia na rua, neste caso, especialmente, aquelas que fazem uso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas. São duas características do Município, somado aos migrantes, que é um público transitório. A cidade é uma rota rodoviária, portanto, acaba recebendo muitos migrantes que acabam ficando numa situação de vulnerabilidade e ficam nas ruas, nos semáforos para pedir dinheiro”, analisa.
Fabiana Perez ressalta que são várias as ações desenvolvidas pela Assistência Social junto à população em situação de rua na cidade.
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Ela destaca o trabalho das equipes de abordagem social, que atuam na identificação e encaminhamento dessa população aos serviços do Município, principalmente no período noturno, além do Centro Pop, e dos convênios mantidos com entidades que prestam assistência a esse público com albergue, alimentação, entre outros.
No Centro Pop, segundo Fabiana, o Município também tem ofertado atendimento da área de saúde, bem como atuado no encaminhamento para o mercado de trabalho.
“Temos intensificado essas ações em parceria, buscando a garantia dos direitos dessas pessoas. Desde aplicação de vacinas, exames médicos, encaminhamento a tratamento psiquiátrico, especialmente, por conta da questão da dependência química”, exemplifica.
Ela reforça que o Município mantém parcerias fortes com a rede de apoio e assistência para garantir não só o acolhimento, mas a busca de melhorar a dignidade dessas pessoas e fornecer novas perspectivas de vida.
“Hoje podemos dizer que fica na rua realmente àqueles que não aceitam a oferta de serviços. Há vagas, há espaço, mas existem as pessoas que não aceitam o acolhimento e as regras do acolhimento. Têm pessoas que têm dificuldade de cumprir as regras, então decidem por permanecer nas ruas”.
A secretária ainda acrescenta e chama a atenção da população para quanto houver o despertar do desejo de auxiliar esse público. “Fazemos um apelo à população para que ofertem a esse público o serviço das entidades que já trabalham para atender as pessoas em situação de rua como a Casa Esperança, Casa Jacob e Lar Bom Samaritano. Não é ofertar comida no local em que a pessoa está, mas sim nos locais onde ela tem acesso ao banho, onde ela senta em uma mesa, onde consegue ter higiene pessoal. É importante que o trabalho seja direcionado para essas entidades”, completou.
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