Além da sua paixão pela educação, da satisfação de poder transmitir conhecimentos em salas de aula, o professor Ney Iared Reynaldo, doutor em História da América e docente associado nos cursos de graduação em Ciências Econômicas e de graduação em História da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), cultiva também o hábito de colecionar objetos antigos, como chaveiros, moedas e cédulas.
“Como historiador, ganhei gosto por isso e que vem desde os anos 70 do século passado, que marcaram minha geração e, por conseguinte, minha infância e juventude até o presente momento”, explica o professor à reportagem do A TRIBUNA.
De acordo com Iared, ele herdou esse hobby de seus pais, cuja descendência europeia traziam consigo esse costume. “Haja vista, o exercício de colecionismo que consiste no prazer de guardar, organizar, selecionar, trocar e expor diversos itens por categoria, em função de seus interesses pessoais e/ou emocionais”, conta o professor da UFR.
Ney Iared aproveita o cancho para citar o historiador alemão Philipp Blom (2003) em sua obra “Ter e manter: uma história íntima de colecionadores e coleções”, onde o referido historiador destaca que, dentre os benefícios que a atividade pode trazer para o colecionador, em especial os mais jovens, está o desenvolvimento dos sensos de classificação e organização, de interação e socialização com outros colecionadores, do poder de negociação, bem como o aumento do repertório cultural acerca do objeto colecionado e sobre o hábito de colecionar.
Para o professor, cada material colecionado, nos permite reviver nossas boas lembranças, fazer uma leitura do passado, de como viviam as pessoas em que esse ou aquele chaveiro fora utilizado.
“Ser colecionador é ser um guardião dessas memórias, pois como historiador aprendi como respeitar, manejar e dialogar com documentos antigos. Todo colecionador tem o prazer em receber algum objeto de seu interesse com maior apego, pois este o remonta reviver a pessoa querida em sua coleção”, completa Ney Iared.