O juiz da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, Leonardo de Araujo Costa Tumiati, pronunciou João Vitor Barbosa da Cruz, 19 anos, para que seja julgado pelo Tribunal Popular do Júri.
O réu é acusado de atropelar e matar as irmãs Ysabela Raiane Rodrigues dos Santos e Brenda Raquely Rodrigues dos Santos, em acidente de trânsito na Vila Adriana, em julho do ano passado, durante uma fuga da polícia com uma caminhonete roubada. O magistrado também manteve a prisão preventiva do réu, que está detido desde o início de agosto passado.
O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por dois homicídios qualificados e três homicídios tentados, praticados durante acidente de trânsito, por dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e por conduzir veículo furtado. O crime aconteceu no dia 31 de julho do ano de 2023.
Na pronúncia, o juiz decidiu que João Vitor deve ser julgado por dois homicídios qualificados. Ele manteve as qualificadoras de motivo torpe, perigo comum e crime praticado contra menores de 14 anos, e afastou a de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O réu também foi pronunciado e deve ser julgado pelo tribunal popular do júri por três tentativas de homicídio qualificado contra as vítimas Isabel Vanessa dos Santos, 37 anos, Paulo Eduardo Vidal dos Santos, 39 anos, e L.E.R, 9 anos.
Crime
O crime aconteceu em 31 de julho do ano passado. Segundo a denúncia, João Vitor dirigia uma caminhonete Amarok furtada, quando, ao tentar fugir da polícia, avançou um cruzamento no bairro Vila Adriana e atingiu o veículo Gol que trafegava na preferencial, em que estava a família vitimada.
As irmãs Ysabela e Brenda foram arremessadas para fora do veículo e morreram ainda no local do acidente. Os demais ocupantes do veículo tiveram ferimentos e sobreviveram.
As investigações apontaram que, ao avistar a camionete com registro de furto dirigida pelo acusado, policiais militares deram ordem de parada e, diante da fuga dele, iniciaram a perseguição.
Tentando fugir, o réu avançou um cruzamento e atingiu o veículo Gol. O rapaz fugiu do local, sendo preso em Primavera do Leste escondido no interior de uma igreja após passar quatro dias foragido.