Um paciente com Parkinson, em Rondonópolis, passou por uma cirurgia neurológica de alta complexidade inédita na cidade. O procedimento foi garantido com recursos do Governo do Estado e realizado em um hospital privado de Rondonópolis pelos neurocirurgiões Altemar Lopes da Silva e Guilherme Froehner. A cirurgia consiste em um implante de marca-passo cerebral para mal de Parkinson.
O neurocirurgião Altemar Lopes da Silva explica que a estimulação cerebral profunda (DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation), é indicada para pacientes com doença de Parkinson que apresentam sintomas graves e incapacitantes que não estão sendo adequadamente controlados com medicamentos.
“Essa terapia é considerada quando os sintomas do paciente, como tremores, rigidez muscular, bradicinesia (movimentos lentos) e flutuações motoras, não estão sendo adequadamente controlados com o tratamento medicamentoso convencional”, enfatiza.
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A DBS, conforme destaca o neurocirurgião, é especialmente indicada quando o paciente apresenta flutuações motoras significativas, discinesias induzidas por medicamentos (movimentos involuntários anormais) e tremores refratários (que não respondem bem aos medicamentos).
Além disso, a DBS pode ser considerada em pacientes mais jovens com doença de Parkinson que desejam melhorar sua qualidade de vida e que estejam dispostos a se submeter a um procedimento cirúrgico.
“É importante ressaltar que a decisão de realizar a estimulação cerebral profunda deve ser individualizada, levando em consideração diversos fatores, como a gravidade dos sintomas, a resposta aos medicamentos, o estado geral de saúde do paciente e suas expectativas em relação ao tratamento. A avaliação e a decisão sobre a DBS devem ser feitas por uma equipe multidisciplinar especializada, que inclui neurologistas, neurocirurgiões e neuropsicólogos”, conclui.