
Em relação à fala do secretário de Gestão de Pessoas, Fernando Becker (veja matéria nesta página), Roberto Carlos se posicionou: “Com todo respeito ao secretário, mas ele jamais poderia dar uma declaração do tipo. Primeiro que, para colocar uma pessoa dentro do Impro, ela precisa da CPA-10, certificação emitida pela Ambima. Em Rondonópolis só três pessoas têm esse certificado, eu, minha gerente de Investimentos Lucinete Oliveira e a diretora executiva do Serv Saúde, Rozalina Ruiz. Ele também foi infeliz ao mencionar a eleição na sequência. Quem chama eleição é o Sispmur. Uma nova eleição só poderia ser marcada através de uma ordem judicial. É válido ressaltar que para isso acontecer a Justiça teria que apontar irregularidades no processo eleitoral. Fato que não ocorreu e a própria Prefeitura participou, uma vez que o prefeito indicou um servidor para representar o executivo na comissão eleitoral. Tudo está publicado no Diário Oficial do Município e sem qualquer observação”.
Nesta quinta-feira pela manhã, o prefeito José Carlos do Pátio abortou a palavra interventor e, segundo publicações da imprensa de Mato Grosso, adotou o termo auditor para comandar o Impro até uma nova eleição.
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“A narrativa é a mesma, só mudaram o nome do cargo. Mas neste caso o prefeito apenas criou notícia. O Impro é auditado constantemente por TCE e Secretaria de Previdência. A Prefeitura tem acesso a tudo, não cabe um auditor aparecer lá do nada, quando não existe denúncia e tudo é feito com transparência. Se o prefeito quiser saber com profundidade da vida administrativa do Impro é só pedir informações à Secretaria de Controle Interno, que fica poucos minutos da sala dele”, explica Roberto.
O diretor executivo eleito do IMPRO, com mais de 95% dos votos dos servidores municipais, lembra ainda que todas as falas são baseadas num parecer frágil, sem qualquer tipo de embasamento na lei. Para Roberto Carlos, o imbróglio que já dura quase 15 dias e prejudica aposentados e pensionistas pode ser uma “cortina de fumaça para a terceirização”.
“É difícil imaginar outra coisa. Esses seis meses que estão falando em ficar dentro do Impro é tempo suficiente para mudar a lei do órgão, acabar com a eleição e implantar a indicação de cargos, via prefeito. Depois disso eles podem muito bem passar tudo para uma empresa privada tomar conta, tirar o atendimento presencial e entregar a chave do cofre dos nossos servidores, que hoje está próximo dos R$ 300 milhões para estranhos. Temos vários exemplos disso Brasil afora, quase todos com tremendo prejuízo para os servidores”, alerta.