1- SENHORAS E SENHORES,

eis que começou a onda de protestos anunciados pelo Sispmur, sindicato que representa os servidores públicos municipais, contra o prefeito José Carlos do Pátio, do PSB.

O primeiro protesto aconteceu durante a passagem do gestor pelo bairro Cidade Salmen, para inaugurar uma unidade escolar. Com faixas e palavras de ordem, cobraram que o prefeito sente com representantes dos servidores para conversarem a respeito de suas perdas salariais e outras pautas.

Até o momento, Pátio tem ignorado a direção do Sindicato e não abriu nenhum canal de negociação com os servidores, o que chega a parecer uma birra ou algo do tipo, pois o que custa abrir um tempo na agenda e receber os representantes da categoria para uma conversa?

Seria mágoa por não ter emplacado sua candidata ao ServSaúde, a ex-secretária de Educação, Carmem Garcia Monteiro, ou por não ter tido apoio dos servidores quando tentou intervir no Impro? Não se sabe.

Mas é certo que soa estranho um político que fez carreira em cima do discurso da defesa dos mais fracos e dos trabalhadores, agora sequer receber os seus colaboradores de gestão para conversar.

O CERTO É QUE, SE NADA MUDAR,

os protestos vão continuar, garantem os representantes dos servidores, que já falam até em paralisações no serviço público municipal e se organizam para protestos maiores, com centenas de servidores empunhando faixas e cartazes com dizeres críticos ao gestor, o que teria um péssimo impacto na sua imagem, como teria na de qualquer outro que estivesse em situação parecida.

O bom senso indica que é hora do prefeito, como político matreiro e experiente que é, bolar uma forma de atender as pautas dos servidores, saindo por cima.

Ele precisa, de forma direta ou indireta, em sua pessoa e ou por meio de interlocutores, abrir negociação com os representantes dos servidores, para evitar que os protestos continuem e para que a população não seja privada dos serviços públicos em caso de uma paralisação ou greve.

A realização de um concurso público amplo, como cobram os servidores, é algo que a própria Justiça já vem forçando o prefeito a ter que fazer, inclusive barrando a contratação de uma empresa que forneceria milhares de servidores terceirizados para a prefeitura.


Roni Magnani:
“Demonstra descontentamento com as andanças pela região da primeira-dama, em campanha para deputada federal, em companhia de outros candidatos a Assembleia Legislativa…”

2- PELO LADO ELEITORAL,

rumores falam que o presidente da Câmara e pré-candidato a deputado estadual, Roni Magnani, do PSB, não estaria nada contente com a dobradinha com a primeira-dama Neuma de Moraes, pré-candidata a deputada federal.

É o que dizem pessoas bem próximas a Magnani, que estaria chateado com os movimentos da esposa do prefeito, que tem feito muitas viagens articulando sua pré-candidatura, mas não tem levado o nome do ainda vereador.

Ao contrário, ela tem fechado acordo com outros pré-candidatos a Estadual em outras regiões do Estado, mas, principalmente, também tem andado com concorrentes de Magnani nas cidades da nossa região.

O certo é que Neuma de Moraes tem procurado se viabilizar, pois sabe que não pode depender apenas dos votos que teria em Rondonópolis para ter sucesso nas urnas, no que ela está certíssima, mas parece ser preciso uma maior sintonia entre os pré-candidatos apoiados por Zé do Pátio para deputados estadual e federal.


3- À PROCURA DE UM CANDIDATO

para chamar de Seu, os chamados bolsonaristas “raiz” agora apontam o nome do deputado estadual Delegado Claudinei, do PL, como seu possível candidato a governador.

Apesar dessa possível candidatura depender de uma intrincada rede de fatores, seria uma boa alternativa para esse eleitorado depositar seus votos, ao menos do ponto de vista da identificação, pois Claudinei é da área da segurança, de forte tendência bolsonarista.

Ocorre que o PL está caminhando a passos largos para se unir ao governador Mauro Mendes, do União Brasil, numa parceria política já praticamente sacramentada, mas que não agrada a todos os bolsonaristas.

No entanto, como o União Brasil pode ter candidato próprio à presidência, no caso, Luciano Bivar, isso pode impedir o governador de montar palanque para o presidente Bolsonaro no Estado e, por sua vez, abriria espaço para uma candidatura bolsonarista, este poderia sim vir a ser o Delegado Claudinei. Mas o próprio deputado sabe que essa ideia tem poucas chances de vingar e deve mesmo focar na sua reeleição.

QUEM ACOMPANHA O PAPO POLÍTICO,

sabe que essa faixa do eleitorado bolsonarista sempre demonstrou dificuldades para apoiar os neo-bolsonaristas, como Mendes e Fagundes, como é o caso do próprio Claudinei, que já declarou que não subirá no mesmo palanque que o governador.

O grande problema desse grupo até o momento tem sido a falta de um nome que reúna votos suficientes para ser competitivo e que se encaixe no perfil exigido por eles.

De qualquer forma, sem o apoio de Bolsonaro, as candidaturas desse grupo tem poucas chances de empolgar o grande eleitorado e incomodar os favoritos, mas ao mesmo tempo é pouco provável que recuem de suas posições radicais e venham a apoiar e pedir votos para Mendes e Fagundes, que devem mesmo ser os candidatos de Bolsonaro no Estado.


 

Blairo Maggi:
“O seu aparecimento em público, anunciando apoio à candidatura ao senado de Neri Geller, poderá complicar o quadro eleitoral para Wellington Fagundes à reeleição…”

4- PARA UMA ELEIÇÃO QUE PROMETIA SER MORNA,

a disputa para o Senado começa a ganhar novos contornos e pode até surpreender a muitos. Isso por conta basicamente de dois fatores, que são a entrada em campo do ex-governador, ex-senador e ex-ministro Blairo Maggi, que apareceu em público essa semana anunciando seu apoio para Neri Geller, seu companheiro no Progressistas, que tem capengado na popularidade, apesar de contar com apoiadores de peso.

Esse é um apoio que pode pesar muito em seu favor. Por outro lado, começa a despertar o interesse dos analistas o nome da médica e empresária Natasha Slhessarenko, que é do PSB e filha da ex-senadora Serys, que pode emplacar seu nome como uma espécie de terceira via entre Neri Geller e até a Wellington Fagundes, do PL.

Natasha teria os votos da esquerda e poderia atrair os votos de outros setores da sociedade, que não se identificam nem com Neri e nem com Fagundes, criando condições de um embate em pés de igualdade entre os três nomes, o que para todos que entendem um pouco da política, pode resultar na eleição de qualquer um dos três.

Essa eleição promete!

E O PAPO POR AÍ IRIA LONGE,

mas por hoje já vamos ficando por aqui. Nos encontramos daqui a uma semana para conversarmos mais sobre política. Até lá!

 

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