
1- SENHORES E SENHORAS,
como esta coluna comentou, na semana passada, que a situação catastrófica vivenciada pela Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) seria assunto para muitos dias, assim foi ao longo desta semana que se encerra, e realmente a empresa pública continuou motivando debates acalorados nas rodinhas políticas e redes sociais.
A última agora que surgiu é que a empresa pública, agora sob o comando do arquiteto e engenheiro Laerte Costa, indicado pelo prefeito Cláudio Ferreira (PL) para substituir o capitão Argemiro Ferreira, que foi exonerado no último dia 13, teria uma dívida muito maior do que os mais de R$ 260 milhões já apontados por uma auditoria da Controladoria Interna da Prefeitura, realizada no início deste ano.
Pasmem, Senhoras e Senhores, informações extraoficiais que passaram a circular na sexta-feira, em meio ao andamento da mesa técnica junto ao TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO, criada para buscar uma saída à companhia, são de que novas dívidas de cunho trabalhistas teriam sido verificadas e, com isso, o endividamento já passaria de R$ 400 milhões, decorrentes de ações trabalhistas acumuladas ao longo de vários anos, que abrangeriam indenizações, salários atrasados, encargos sociais e obrigações previdenciárias, muitas delas judicializadas.
ESSE ROMBO HERDADO
ainda mais alarmante do que os R$ 260 milhões, já que pode colocar em risco não apenas o futuro da Coder, mas também o equilíbrio das contas públicas de Rondonópolis, não foi confirmado e nem negado oficialmente pela nova direção da empresa e tampouco pelo Palácio da Cidadania. O que a Coluna apurou é de que os dados estariam sendo levantados e seriam divulgados somente em momento oportuno.
COMO JÁ DITO AQUI,
o prefeito Cláudio tem sobre os seus ombros a missão de encontrar uma saída para esta situação delicada da Coder, gerada por gestões temerárias ao longo dos anos.
Embora, ele tenha optado, nos últimos dias, por uma postura mais silenciosa em relação à empresa pública, o que a Coluna enxerga como sendo responsável neste momento, até para não colocar mais lenha na fogueira, tudo indica que estão ser buscando meios para que sejam garantidos os direitos dos trabalhadores, que são aproximadamente 600, assim como também para as contas públicas do município, que são abastecidas com impostos pagos pelos os cerca de 270 mil moradores de Rondonópolis.
A BOMBA-RELÓGIO
que se tornou a Coder, não é segredo para ninguém que uma hora explodiria. Os prefeitos anteriores não tiveram a coragem de encarar o problema, por conta do desgaste político que gera.
Caiu, então, no colo do atual prefeito, que mostrou coragem ao buscar uma saída junto aos órgãos de controle, como é o caso do Tribunal de Contas, que respondeu com abertura de uma mesa técnica para se discutir saídas, até mesmo porque a forma que a empresa vinha sendo tocada não se sustenta mais.
2- MUDANDO DE ASSUNTO,
o senador Wellington Fagundes (PL), que sonha em suceder o governador Mauro Mendes (UB) no comando do Palácio Paiaguás, fez uma aparição pública em Rondonópolis esta semana. Ele foi até a Câmara Municipal receber uma Moção de Aplausos e em conversa com a imprensa falou sobre a possibilidade de disputar o governo na eleição de 2026.
Embora não tenha cravado com todas as letras que será candidato, a Coluna observa que dia após dias isto vem se consolidando, até mesmo porque dentro do seu partido, o PL, praticamente é o único nome, já que o empresário Odílio Balbinotti, que tinha pretensões de ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro para concorrer a sucessão estadual na eleição do próximo ano, recuou do seu projeto. Portanto, Wellington é cada vez mais candidatíssimo ao governo do Estado.
POR FALAR NISSO,
o presidente estadual da sigla, o ex-prefeito Ananias Filho, que atualmente ocupa a secretaria de Governo na gestão do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), confirmou à Coluna que neste sábado (28) terá uma reunião do partido em Rondonópolis, com o objetivo de analisar o cenário político local e a definição das diretrizes. Um dos assuntos que deve ser discutido são candidaturas a deputado estadual que serão lançadas pelo partido na cidade no pleito do ano que vem.
Como já noticiou o A TRIBUNA, no início deste mês, durante encontro em Cuiabá, ao contrário do que se comentava nos bastidores, o PL sinalizou que pode lançar três, e não dois, candidatos a deputado estadual em Rondonópolis na eleição de 2026.
Os nomes cogitados foram os dos vereadores Paulo Schuh e Luciana Horta, além do ex-vereador José Márcio Guedes, que atualmente é assessor do senador Wellington Fagundes.
RESTA SABER
como a vereadora Kalynka Meirelles, reeleita pela sigla, no ano passado, para um novo mandato na Câmara Municipal, como a segunda mais votada, vai se posicionar, afinal ela também não esconde de ninguém o seu desejo de concorrer na eleição de 2026, sendo a candidatura a deputada estadual uma das suas possibilidades avaliadas.
Ontem, pessoas próximas da vereadora disseram ao A TRIBUNA que desconheciam a realização desta reunião aqui em Rondonópolis.
UMA OUTRA
situação que deve ser observada com atenção é a movimentação do prefeito Cláudio Ferreira (PL), que preside a sigla no município. Aniversariante do dia, o prefeito, que completa 46 anos, tem dito a interlocutores, conforme chegou aos ouvidos da coluna, de que precisa ter um candidato de “sua inteira confiança”, dando a entender que os nomes que surgem dentro do seu grupo ainda não gozariam deste atributo ao ponto de hipotecar o seu apoio total na corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Como já comentado aqui, algumas pessoas mais próximas do prefeito, passaram a especular o nome da primeira-dama, a secretária municipal de Promoção e Assistência Social, Alessandra Ferreira, como candidata a deputada.
3- VOLTANDO À SUCESSÃO ESTADUAL,
se o senador Wellignton Fagundes navega, no momento, em águas tranquilas, para construir a sua candidatura dentro do PL ao governo do Estado, o mesmo não se pode dizer do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que passou a enfrentar mares revoltos sobre a pretensão de suceder o governador Mauro Mendes.
É que, nos seus planos de fortalecimento de candidatura ao governo, passa pela renúncia do governador Mauro Mendes, no início do próximo ano, para disputar uma das duas cadeiras de senador por Mato Grosso que estarão em disputa em 2026.
Pelo menos, este seria o acordo entre os dois. Mas acontece que, pelo que se comenta nas rodas políticas da capital mato-grossense, Mauro Mendes poderia abrir mão de uma eventual disputa ao senado e concluir seu segundo mandato.
O hipotético recuo não seria algo novo e de se estranhar, até mesmo porque em sua carreira política, quando era prefeito de Cuiabá e com amplas chances de reeleição, em 2016, para mais um mandato no Palácio Alencastro, como agora apontam as pesquisas para a disputa ao Senado, ele desistiu, voltando à disputa eleitoral somente dois anos depois, onde saiu vencedor para governar Mato Grosso.
As especulações são de que o que estaria motivando esta “reflexão” de Mauro seriam um certo descontentamento com a postura de Pivetta, o que estaria levando a um certo desacordo momentâneo entre o governador e o seu vice.
Além disso, comenta-se também que um plano B já estaria sendo discutido pelo entorno de Mendes, a fim do grupo político continuar ocupando espaço de poder na política mato-grossense.
NOMES
já estariam sendo avaliados, como o senador Jaime Campos, que também é do UB; assim como também o diretor-presidente da Nova Rota Oeste, Cidinho Santos, que é filiado ao PP; e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Maxi Russi, que está saída do PSB para ingressar no Podemos.
A coluna observa que o senador Jaime, que busca se cacifar para 2026, vem buscando se aproximar bem do governador, que preside o partido no Estado. Lembra ainda que, em recente visita a Rondonópolis, ele e o governador andaram trocando elogios públicos. Como em política nada é por acaso, ficou algo no ar.
Já Cidinho, pelo que se comenta nos bastidores é tratado como “coringa” e contaria com uma aceitação maior do segmento superior que Pivetta, e ele já andou até dando declarações para a imprensa de que pode disputar 2026, se for necessidade do grupo do governador.
Já Russi, o ex-prefeito de Jaciara que preside a Assembleia Legislativa, vem se movimentando para ganhar musculatura e, consequentemente, alçar voos políticos mais altos. Embora se articula para concorrer a reeleição, não esconde de ninguém que sonha governar o Estado.
Fala que quer disputar em 2030, mas não descartaria montar no cavalo em direção ao Paiaguás no próximo ano, caso passe arreado a sua frente. Ultimamente, ele tem acompanhado o governador Mato Grosso em inaugurações, diferente de Pivetta, que não tem sido visto com frequência.
ESPECULAÇÕES À PARTE
o certo mesmo, na avaliação do Papo, é de que o apoio do governador Mauro Mendes, seja no mandato ou não, pode ser o fiel da balança na eleição do próximo ano.
Além disso, apesar de ter abdicado de disputar a sua reeleição a prefeito da capital mato-grossense em 2016, este colunista acredita que, depois de oito anos como governador, dificilmente ele abrirá mão de disputar o Senado, a fim de não ficar sem mandato.
Quanto o apoio a Pivetta, isto vai depender da capacidade do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde conseguir aglutinar apoios do grupo que hoje comanda o Paiaguás em torno de si, algo que indica que, no momento, vem encontrando dificuldade para se viabilizar.
Mas, como diz o velho ditado de que política é como nuvem, cada hora está de um jeito, tudo pode mudar. Vamos acompanhar as mexidas das pedras no tabuleiro eleitoral de 2026.
Antonio Portugues em Rondonopolis comenta a pericia medica e as instalacoes do INSS se encontram em degradacao e o 135 so para atrasar processos onde sao encaminhados para o Cras sem anistia politica da visita as instalacoes do INSS de Rondonopolis.
Antonio comenta o rx e as maquinas onde secretario de saude descobre o mamografo no armazem de saude e se recorda o desastre da secretaria de saude de Goias e o desatre das maquinas de radio onde centenas de pessoas foram vitimas por falta seguranca.
A situação da CODER é vergonhosa. De símbolo do desenvolvimento, virou um cabide de empregos recheado de apadrinhados políticos e servidores fantasmas. Agora, surgem indícios de que a dívida pode ultrapassar R$ 400 milhões — fruto de anos de gestão temerária e loteamento político da máquina pública.
A bomba-relógio explodiu, e os culpados têm nome: ex-prefeitos coniventes, encostados inoperantes e um sistema que usou a empresa como moeda de troca eleitoral.
Chega de empurrar o problema com a barriga.
Ou a CODER muda radicalmente, ou continuará afundando Rondonópolis junto com ela.