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Rondonópolis
, 12 outubro 2024
 

Papo Político

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1- SENHORES E SENHORAS,

anotem ai o nosso CALENDÁRIO PARA A TROCA DE GESTOR:
Após a eleição de Cláudio Ferreira (PL), no domingo 6 de outubro, para comandar a Prefeitura de Rondonópolis pelos próximos quatro anos (com o direito à reeleição por mais quatro…), o PAPO POLÍTICO faz a partir de hoje a contagem regressiva para a sua posse em 1 de janeiro de 2025 e, consequentemente, o fim da gestão populista do prefeito José Carlos do Pátio. Ufa! Mas ainda teremos que conviver 79 dias com essa gestão patista…

AS ELEIÇÕES OCORRIDAS

no domingo passado deixaram uma grande lição para o Zé do Pátio. Ele tem que reciclar o seu modelo político. E esses 79 dias que faltam para terminar o seu mandato de prefeito, se ele for realmente esperto, têm que ser usados para uma quinada de 360 graus na sua vida pública.

Tem que provar que a lição serviu pra ele preservar a sua carreira política para a disputa de 2026 ao cargo de deputado estadual, que é o cargo mais viável para ele disputar nas próximas eleições…, ou então vai ter que ficar mesmo como Professor da UNEMAT, como ele mesmo andou falando reassumirá esta sua profissão a partir do próximo ano.

Como foi comentado no PAPO passado, no dia das eleições, o prefeito Zé do Pátio poderia sair como herói, se o seu candidato Paulo José fosse eleito prefeito, mas também poderia ser o grande perdedor do pleito se o Paulo José não fosse eleito. E a derrota do Paulo José…, e também do Zé do Pátio foi acachapante.

Senhoras e Senhores, os números são claros (os das urnas, não os das pesquisas mentirosas e fraudadas que tentaram ludibriar os eleitores durante todo o período eleitoral).

Pelas pesquisas divulgadas, a administração de Zé do Pátio tinha mais de 70% de aprovação, e como ele clamava para votar no Paulo José, “que o Zé garante”, o resultado nas urnas foi uma minguada aprovação de 21% (26.027 votos) para o seu candidato, o Paulo José (PSB), longe dos 33% (40.831 votos) do Thiago Silva (MDB), e muito mais longe do grande vencedor, eleito prefeito com quase 46% (56.356 votos), o Cláudio Ferreira (PL). Foi uma vitória de lavar a alma, do início ao fim das apurações em todos os quaro cantos de Rondonópolis.

O PAPO ATRIBUI A DERROTA

ao prefeito Zé do Pátio porque ele assumiu tudo dentro do grupo das forças progressistas. Queimou todos os pré-candidatos, sem nenhuma discussão entre eles, para “bater o martelo” no nome do seu fiel escudeiro Paulo José.

Foi ele que montou as chapas de vereadores do PSB, quando estranhamente não a completou com os 22 nomes, disputando as eleições somente com 13 candidatos. Diziam que era uma tática do estrategista Zé do Pátio para eleger os seus favoritos.

No final, dos seis secretários municipais que foram para a disputa, apenas o Vinicius Amoroso foi eleito; e dos cinco vereadores do seu grupo, apenas dois foram reeleitos (Kaza Grande e Beto do Amendoim), sendo derrotados Batista da Coder, Marildes Ferreira e o seu líder no Legislativo, o fidelíssimo Reginaldo Santos, que se expôs contra tudo e contra todos para defender os interesses do Executivo, inclusive acabou recebendo o apelido de “enxugador de gelo”.

Aliás, o Reginaldo foi alertado aqui na Coluna, lembrado que o saudoso Juary Miranda, atuante vereador da legislatura passada, acabou também não conseguindo a reeleição porque peitava tudo para defender os interesses do Zé do Pátio.

Mas a intransigência do Zé do Pátio no comando da campanha, não parou ai, pois nem o candidato a vice-prefeito coube ao Paulo José escolher. Foi ele que depois de muito tempo convidando um e outro empresário para o cargo, mas sem obter êxito, acabou também “batendo o martelo” no nome do médico Pedro Maggi.

E para massagear o seu ego, fez questão de ser o primeiro a revelar o segredo para um programa de rádio local, numa manhã de segunda-feira. Durante a campanha eleitoral, com os programas de rádio e tv, era ele quem mais aparecia, com o famoso chavão “Vote no Paulo José, que o Zé garante”.

COMO SEMPRE FOI

comentado aqui no PAPO, a presença do prefeito na campanha eleitoral do amigo Paulo José era igual um elefante numa sala de cristais…quebrava tudo. Havia até uma dúvida diante das suas atitudes, “será que Zé do Pátio queria mesmo a vitória do fiel escudeiro Paulo José?”.

Mas pela sua dedicação na reta final, quando até deixava suas atribuições de chefe do Executivo para se empenhar em reuniões e caminhadas por todos os bairros…e pela sua exposição no próprio dia das eleições, quando chegou até mesmo a ser abordado pela Polícia Federal em portas de seções eleitorais, sendo acusado de fazer boca de urna, acabou desmistificando essa afirmação e mostrou dedicação à eleição do amigo.

PORTANTO, SENHORAS E SENHORES,

o prefeito Zé do Pátio acabou mesmo sendo o grande perdedor das eleições. O erro do Paulo José foi deixar ser levado pela forte influência do seu líder político, não conseguindo transmitir para o eleitorado o seu real potencial, a sua condição de se tornar um administrador autônomo, caso eleito prefeito.

O seu discurso de que “Rondonópolis está Pronta para o Futuro”, lhe custou muito caro, diante do dia a dia vivido pela população em crise constante na Saúde Pública (com até mortes sendo denunciadas como descasos nos atendimentos), na bagunça total da mobilidade urbana (com também acidentes diários pelas ruas da cidade, e muitos fatais, sem que alguma providência ainda seja tomada em relação ao nosso trânsito), e em contrapartida só muita propaganda do derrame de dinheiro em obras mal planejadas e executadas, principalmente em praças públicas por todos os cantos…que depois de executadas, festas de inaugurações, logo logo vêm os anúncios de licitações para suas reformas.

Um verdadeiro caos administrativo diante de um bilionário orçamento municipal de 2,2 bilhões. Tava na cara que a verdadeira pesquisa sobre a aprovação da administração viria pelas urnas…deu no que deu: Só 21%. Rondonópolis não está pronta para o futuro.

2- CONTRARIANDO O SEMPRE

exaltado e senhor de si, o prefeito Zé do Pátio, o que se viu no pleito foi a população optando pela campanha da “Mudança de Verdade que Rondonópolis Precisa”, proposta pelo candidato Cláudio Ferreira (PL). E essa preferência foi consciente e silenciosa, pois não chegou a ser percebida durante todo o período eleitoral.

Sabia-se que o deputado estadual Cláudio Ferreira era um forte concorrente, mas ninguém imaginava que a sua votação fosse tão expressiva ao ponto de vencer com 15.525 votos de frente ao deputado Thiago Silva (MDB), tido pelas pesquisas como o favorito, e com 30.329 votos frente ao Paulo José, o candidato que “o Zé garante”.

O Paisagista, como é conhecido, conseguiu levar sua mensagem até o eleitor, com muita humildade e demonstrando credibilidade. E nesta época de redes sociais fica fácil as duas coisas: Do mesmo modo que se propaga a insatisfação pela coisa mal feita, pelo descaso com a coisa pública, também se propaga a mensagem honesta, a crítica com credibilidade e confiança em fazer diferente.

E o Cláudio prometeu mudança de verdade no que está acontecendo em Rondonópolis, a população acreditou e sufragou o seu nome. Foi uma confiança consciente mesmo, e sigilosa, pois nenhuma pesquisa detectou, servindo até como despiste contra os seus dois adversários, pois sem nenhum alarde o eleitor foi para as urnas.

A VITÓRIA DO CLAUDIO “PAISAGISTA”

em Rondonópolis, também deixou claro o que ocorreu em todo o país, a Direita voltou com força e o PT, do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, que é o maior partido da Esquerda, sai fragorosamente derrotado das urnas.

Conseguiu vencer em poucos municípios pelo Brasil afora. Aqui em Rondonópolis também prevaleceu a força popular do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o Cláudio soube usufruir desse legado. A sua carreira em disputa de cargos públicos é muita curta, começando nas eleições de 2020, para a própria Prefeitura e ficando em terceiro lugar; para já surpreender em 2022 para deputado estadual, sendo o mais votado de Rondonópolis, e agora sendo consagrada com a eleição para prefeito. Foi importante a sua filiação ao PL, o partido de Jair Bolsonaro, para esse feito.

Não foi bem recebido pelas lideranças dominantes da sigla na época da filiação, gerando certo desconforto com o grupo do senador Wellington Fagundes, então o maior líder do partido em âmbito estadual. Mas o Cláudio soube também impor a sua liderança, e contando com o respaldo nacional, nas figuras do presidente Waldemar Costa Neto e do próprio Jair Bolsonaro, tocou em frente o projeto para conquistar a Prefeitura e, como ficou provado, deu conta do recado.

Nem precisou da participação ativa do senador Wellington Fagundes durante a campanha…muito menos do presidente do diretório Regional, o Ananias Filho, que inclusive em entrevistas na imprensa local, já em véspera da eleição, andou criticando a formação da chapa de vereadores do seu partido e, pior, elogiando muito a formação da chapa do principal adversário na disputa pela prefeitura, do emedebista Thiago Silva.

Cláudio “Paisagista” é com totais méritos próprios o prefeito eleito de Rondonópolis, poderá montar uma equipe de governo inteiramente sua, pois não precisa dividir sua gestão com nenhuma outra liderança política, e nele são depositadas agora as esperanças desde rico e sempre próspero município.

 

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