
Rio de mim.
Às vezes, eu me pego rindo de mim.
Porque rir dos outros não tem graça.
Não sei como o outro na vida passa.
O outro e o outro,
Conquisto-o com o meu sorriso.
Rio de mim.
Das minhas mazelas, das gafes,
Do falar, trocando o R pelo L,
De pensar que alguns até se riram por causa disso.
Eu não importo
Só quero viver a vida, isso importa.
Eu rio de mim.
Talvez com isso, posso consertar os meus devaneios,
De sonhar por coisas impossíveis,
Vendo um mundo fictício na mente.
Rio de mim.
Sou somente uma gota d’água,
Num oceano imenso de cabeças diferentes,
Que não riem, sem capacidade de fazer
Ou ter um gesto de gratidão.
Rio de mim.
Conheço os meus defeitos,
E sou grato por isso,
Sem eles, como poderia rir de mim?
Se tiver alguém que queira rir de si.
Vamos popularizar o riso,
Para transformar o mundo
Numa grande gargalhada.
(*) Isaías Dias é poeta e romancista. Membro da Academia Rondonopolitana de Letras. Cadeira 14 – Autor do romance, Um Amor Além do Circo. instagram. pisaiasdias