(*) Brasilino da Silva
Rio de mim e mesmo e da minha pequenez todos os dias
Não de reprises de filmes conhecidos mas de mesmo final
A cada dia nova xarada e uma ignorância nova para o dia
Dias novos são repetidos as massadas e as risadas também
Teoricamente só se ri quando se descobre o fim da história
Quando se vê e descobre limitado, engambelado outra vez
Daí rio com graça e prazer reação de incontrolável espanto
Rir de si mesmo é inteligência
Dos outros pode ser frustração
Já o constante é insano
Sentenciou Vitor Hugo
Rio doce, branco, preto, vermelho, grande e o danúbio azul
Rio de janeiro, do norte, do sul e do indisfarçado tocantins
Rios de gentes apinhadas em prédios rústicos ou de finesses
Diferentes dos rios correntes estes não deságuam nos mares
Mares somente de saudades, risos e de alegrias de seus filhos
Ao tergiversarem proezas para construir estórias de final feliz
Daí rio novo nasce e se forma nas franjas e magias destes rios
Risos proibidos já foram hoje soltos às bandeiras despregadas
Até para rir da própria pequenez e porque não da maturidade
Rios poluídos, secos ou palcos da violência urbana a desafiar
Rios doces das promessas de felicidades
Nas memórias e esperanças de seus fãs
Risos de felicidades de seus donos
Ao surpreender as massadas da vida.
(*) Brasilino José da Silva é poeta em Rondonópolis