
E se acaso, eu fosse poeta.
Se eu andasse de bicicleta.
Eu correria sem me mover.
Eu viajaria na vida quieta.
Ó, agitada vida de poeta.
Vive sem poder viver.
Anda sem se mover.
Parado, está a correr.
Estou aprendendo.
Eu quero aprender.
Cada passo dado,
cada livro a ler.
As ideias fogem.
Depois elas vêm.
O aprendiz está ali.
Da poesia é refém.
(*) Jorge Manoel é jornalista, professor, intérprete e poeta