Depois de um dia de trabalho,
Tiro a canseira do meu corpo com água e sabão,
Entretanto, como posso limpar meu coração?
Após um dia cansativo,
Meu corpo satisfaz com alimento,
Para o meu espírito não se tem nem um provento,
Quando o stress bate à porta,
Uma pescaria relaxa e me conforta,
Mas outra vez volto pra’o ponto de partida,
A dor e o stress voltam pra vida,
E o corpo nunca está despercebido,
A vida dia-a-dia nos reclama,
Não posso suportar toda essa trama,
O corpo não aguenta o sofrimento,
Por mais que eu o enriqueça de proventos,
A vida se completa e equilibra,
Com alegria eu sei o corpo vibra,
O meu espírito reclama e necessita.
De um Deus, que enchem de paz, os meus intentos!
Um Deus tão poderoso e tão amigo,
Que ouve com atenção todos meus ais,
Um ser tão pequenino, tão anódino,
Sujeito a crueldades tão banais!
Que vive na iminência do pecado.
buscando aferir suas razões,
tentando viver uma mentira,
em um mundo carregado de ilusões.
Se o corpo satisfaz com alimento,
a carne fortalece seus intentos,
de joelhos, prostrado eu me rendo,
e em propósito derramo o coração,
minhas súplicas em lágrimas encontram,
as respostas para as minhas orações.
(*) Jakson Aguirre é poeta e escritor, membro da Academia Rondonopolitana de Letras