(*) Brasilino da Silva
“A vida não é contada pelo número de vezes que você respirou; e sim pelas vezes que você perdeu a respiração diante de um fato, evento ou coisa”. Vicki Corona, et alii.
Coisa é tudo que satisfaz anseio, sonho, objetivo ou necessidade humana
Assim dizia o cansado e velho professor que parecia viajar na imaginação
Bastava acessar o código e a melodia gravada há meio século era entoada
Na canção bailavam sonhos, necessidade e mágica viagem para os bichos
Assim eram chamados os futuros moços da mítica oração de Rui Barbosa
Os crentes viajavam na tábua de salvação e as vezes na maionese também
Os ressabiados ou compravam fórmulas ou se apinhavam nas repescagens
Certo é que a coisa era perigosa razão pela qual do não se brincar com ela
Coisa predicados de cachorro
Também especula de rodinhas
Coisas, fatos ou eventos novos
De se viver a vida como ela é
Coisas, fatos e eventos vieram, vem e se vão nestes oceanos ricos de vida
Riquezas podem saciar necessidades ou se perderem por falta de ceifeiros
Colhidas satisfazem anseios de coisas ou sonhos das belezas voluptuárias
Destas que alimentam, completam e elevam promessas da divina criação
Assim foi a coisa que teceu aquele casal que aos poucos se apaixonaram
Cumpriram a letra, a métrica, o arranjo e o slogan do mestre da filosofia
Perderam contas do número de vezes que perderam a respiração perdidos
Nas imensidões das paisagens e estações da vida vivida em amor conjugal
Proibidos amaram por muitas luas, lugares misteriosos e em mágicos sóis
Fatos, eventos e coisas amaram mais de uma vez e são felizes para sempre
Na brancura da pele e dos sentimentos
Nas curvas sinuosas daqueles corpos
Capotaram diversos sonhos de amor
Mescla de sentir e ascender átmico
Coisas pelas quais se perde a respiração
E faz vida completa e digna do nome.
(*) Brasilino José da Silva é poeta em Rondonópolis