Corra, corra. Não deixe escapar!
Passe uma rasteira, derrube agora.
Enfie a cara na terra, faça o chão beijar,
Não deve fraquejar nesta hora.
Ninguém ouve o seu lamento,
Não adianta nem gritar.
Viva quieto com seu sofrimento,
Ou comece vigorosamente a lutar.
Enfrente tudo com punhos cerrados.
Ranja os dentes e coloque-se de pé.
Lute mesmo com os braços quebrados.
Morda, arranque um pedaço com fé.
Um turbilhão de coisas tentam nos destruir.
Travamos uma luta que ninguém vê.
Chega de se lamentar, vamos reagir.
Lutaremos para vencer.
(*) Joelson Santos é professor, poeta, ator, cineasta e escritor