Se os burros falassem, sua voz bradaria.
Com sabedoria que o homem não veria.
Na sua simplicidade, a verdade brotaria.
E a arrogância, dos sábios, transformaria.
Se os que se dizem gênios, em silêncio,
guardassem a língua em lugar profundo.
Logo, a prudência, como um farol imenso,
guiaria seus lentos passos pelo mundo.
A lógica do riso se faria um tanto rouca,
na língua crua, a essência, ali, brotaria.
E os sábios, alojados em suas tocas.
Para, entocados, refletirem sobre sua ousadia.
Assim, os burros, refletindo com sua argúcia,
mostrariam a beleza da verdadeira sabedoria.
(*) Jorge Manoel – jornalista, professor, intérprete e poeta