Se um dia me perguntares sobre a terra onde nasci
Se quiser talvez saber da infância que vivi
É um pedaço de chão cortado por ribeirão
Era no frio das manhãs pés descalços, pelo chão
Barbaquá fumegando sentindo o cheiro da erva
O andar pelo mato vivendo o frescor da relva
Passeando de carroça por uma estrada sem fim
Cheiro bom de liberdade, o meu crescer foi assim.
Casa de pau a pique ladrilho de chão batido
No terreiro os vira latas, de vez em quando um latido
Galinhas cacarejando, em um terreiro tão imenso
O valor da liberdade, é a maneira que penso.
Uma família imensa, trabalho duro no campo
A noite ouvindo estórias, ou pegando pirilampos,
Hoje eu fico pensando, sobrevivi por um triz
Mas concluo com saudade, como eu era feliz!
(*) Jakson Aguirre é poeta e escritor, membro da Academia Rondonopolitana de Letras