O calor da noite não me deixa dormir,
Ansioso me levanto, abro a janela,
O frescor da brisa banha suavemente meu corpo,
O silêncio da rua me amedronta,
Os cachorros fofoqueiros estão dormindo,
Não ladram,
os galos que anunciavam a madrugada,
Já não existem mais,
Os ladrões na quarentena não saem às ruas,
Todos dormem,
Afago o umbral da minha janela e debruço,
O sono partiu,
Os vagos pensamentos passeiam em minha mente,
Alguns veículos roncam distante,
A minha musa inspiradora ressona em pesado sono,
Meus olhos da janela a contemplar,
Anos de lutas, batalhas vencidas,
Vejo o céu, poucas estrelas,
Muitas esperanças em meu coração,
Fé inabalável num Deus que é meu socorro,
Que me guarda e me protege e sustenta,
Gratidão ao Criador!
(*) JAKSON AGUIRRE é poeta e escritor, membro da Academia Rondonopolitana de Letras