Permissão para sorrir e cantar
Em embalos de uma vida incerta
Momentos registrados
Nas fulguras de um incessante
Mal-estar-louco.
A loucura é o ângulo de uma certeza
E a certeza da loucura é o ângulo
De cada louco por nada;
Mas o nada respira fundo,
Enquanto as profundezas
São montantes de degraus incertos.
Abismo e luzes cintilantes
A loucura é louca
E sua medida é subjetiva demais.
Os cálculos são falhos e hipócritas
A hipocrisia é social
O social é reflexo da loucura
A loucura é reflexa do sol…
Somos espelhos quebrados
Pelas loucuras do cotidiano.
O nada nos torna tudo
E quase tudo é questão de tempo.
(*)Aires José Pereira é professor do curso de Geografia e do Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Rondonópolis
Muito obrigado ao Jornal A Tribuna por oportunizar não só a mim, mas a inúmeros poetas de poder publicar suas poesias! A poesia precisa de uma casa para além do poeta e o A Tribuna tem sido o seu segundo lar. Parabéns A Tribuna por essa prática maravilhosa!
Abraços!