(*) Brasilino da Silva
Cinco e poucos percebia o baixo farol
Baixa também era a disposição da velocidade
Seguiam juntos para o sul antes do nascer do sol
Rumavam os dois para o frevo da cidade
Após a secreta passagem de ambos vinha o rol
Em sinfonia indisfarçada de perfume de mulher
Mulher que era pura mistério no agasalho cachecol
Acordar o homem com perfume de bem me quer
Aprendeu e não esperava o perfume chegar
Ela passava e ele cruzava ia para rua a procurar
Procurava o ar ébrio do perfume convertido em ar
Cinco e poucos em seu mototáxi suave a deslocar
Não se sabe se esposo, carona, cura ou particular
E o caminheiro continuava em círculo a caminhar.
De um dia estar entre seus segredos; a sonhar.
(*) Brasilino José da Silva é poeta em Rondonópolis.