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Rondonópolis
, 15 julho 2025
 
 

Sobre livros e limões

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(*) Marcelo Brito

Quando éramos crianças, lembro que minha mãe apostava no limão como remédio para várias doenças. Pois bem, leitura é como limão, ajuda na cura de diferentes enfermidades. Como assim? Comecemos por sua capacidade de mitigar a escassez vocabular. Sou professor e, infelizmente, posso garantir que é uma doença que afeta, entre outras coisas, a capacidade de interpretação. Uma vez uma aluna não conseguiu responder a uma questão simples, apenas porque não entendeu o que significava “respectivamente”.

Quando lemos, nosso cérebro vai “arquivando” palavras e, dessa forma, potencializa nosso desempenho linguístico, não só na leitura, mas também na escrita e na oralidade.

A leitura ensina, silenciosamente (e sem pressão), ortografia, o jeito correto de grafar as palavras segundo a Norma Culta: com acento ou sem acento, junto ou separado, com s ou ç e por aí vai. Nesse ponto, diga-se de passagem, a leitura é mais eficiente do que a memorização de regras que, normalmente, são esquecidas depois que passa o dia da “prova”.

A leitura também amplia aquilo que na redação do ENEM é chamado de repertório sociocultural e, nesse ponto, vale ressaltar a necessidade de se diversificar tanto os gêneros textuais (poema, romance, conto, crônica, ensaio, carta, entrevista, artigo científico, editoriais, artigos de opinião etc.) quanto a natureza dos temas contemplados: ficção, biografia, história, política, filosofia, arte, comportamento, entre outros.

A leitura fomenta, ainda, e não menos importante, a nossa capacidade crítica, na medida em que nos põe em contato com múltiplas opiniões e visões de mundo, o que nos leva naturalmente a tomar partido, concordando, discordando, enfim, a construir juízos de valor ou, no mínimo, nos capacitando a fazê-lo com propriedade quando surgir a ocasião em que se fará necessário um posicionamento, e ela sempre chega. Sendo assim, convido você a sempre ter em casa livros para boas leituras, do mesmo modo como minha mãe reservava limões para uma boa e curativa limonada.

(*) Marcelo Brito da Silva é doutor em Estudos Literários e professor do IFMT campus Rondonópolis

 

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