(*) Patrícia Alvim
Em 14 de novembro será comemorado o Dia Nacional da Alfabetização. Mas, será que os indicadores de crianças alfabetizadas demonstram realmente que essa data deve ser celebrada?
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em 2023, cerca de 56% dos estudantes brasileiros, da rede pública de ensino, alcançaram o nível de alfabetização estabelecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para o 2° ano do ensino fundamental.
Desse modo, notamos que apesar dos índices estarem longe do ideal não devemos deixar de comemorar esse aumento significativo. Visto que, segundo o ministro da educação, Camilo Santana, essa conjuntura retoma os níveis que foram alcançados antes da pandemia da Covid-19, a qual impactou negativamente na alfabetização dos alunos e dobrou o percentual de discentes com dificuldades para ler e escrever.
Portanto, de fato, podemos perceber que a corona vírus impossibilitou que essa comemoração fosse ainda mais relevante. Além disso, a covid-19 evidenciou que o contato social é fundamental para o desenvolvimento infantil e que o trabalho do professor alfabetizador é insubstituível, no que tange a aplicabilidade das habilidades indispensáveis para o processo da alfabetização.
Sendo assim, devemos comemorar os avanços apresentados, mas não podemos deixar de ressaltar e refletir acerca da relevância do professor em sala de aula, além de salientar que a alfabetização é a porta para o desenvolvimento integral de um individuo e que ela é a base para outras competências cognitivas.
(*) Patrícia Alvim Soares Gonçalves é professora especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional – Graduada em Letras/Português-Inglês e em Pedagogia