
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (26), durante sua live semanal nas redes sociais, que um plano nacional de imunização contra a covid-19 está praticamente pronto e que o governo federal vai adquirir uma vacina tão longo ela seja autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Uma vez certificado pela Anvisa, qualquer medicamento e qualquer vacina, da nossa parte, imediatamente nós providenciamos a compra.
E um programa, um plano nacional de imunização está praticamente pronto na Saúde pra gente vacinar quem quer”.
O Ministério da Saúde tem acordo para a compra de doses de uma potencial vacina produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
Isso inclui um pacto de transferência de tecnologia e produção local do imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O governo federal mantém contato com outros laboratórios estrangeiros que desenvolvem doses contra a covid-19 e que, se aprovadas, também poderão ser adquiridas para imunização geral da população.
Nesta quarta-feira (25), a farmacêutica Pfizer informou que deu início ao processo de pedido de registro junto à Anvisa.
Jogo de alfabetização
Durante a live, o presidente estava acompanhado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim. A pasta deve lançar, esta semana, um aplicativo para auxiliar crianças no processo de alfabetização.
Batizado de Graphogame, o aplicativo foi desenvolvido por especialistas finlandeses e pode ser baixado gratuitamente pela internet, sendo que o uso posterior não requer conexão.
“É uma ferramenta de apoio aos professores para auxiliar as crianças no processo de alfabetização.
O jogo é voltado para crianças na faixa de idade de 4 a 9 anos e usa uma metodologia que estimula o desenvolvimento da consciência dos sons da língua oral e sua relação com as letras, em um processo chamado de instrução fônica.
A expectativa do governo federal é que o aplicativo possa suprir parte do prejuízo que crianças nessa faixa etária estão tendo com o fechamento das escolas e a suspensão das aulas em função da pandemia de covid-19.
Brasil tem “Repiques” de covid
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem que não há, no país, uma segunda onda de covid-19, termo utilizado por especialistas, e apresentou outra classificação.
Segundo ele, a primeira onda seriam os casos e mortes, com “repiques”. A segunda onda consistiria em cirurgias e tratamentos não realizados pelo cancelamento de cirurgias eletivas ou pelo medo de pacientes de se dirigirem ao hospital.
“Estamos falando também de repique de contaminação e mortos em algumas regiões. É só acompanhar o site [Painel Covid-19 do Ministério da Saúde] e podemos ver os dados.
No Sul e Sudeste o repique é mais claro. No Norte e Nordeste o repique é menos impactante, com algumas cidades fora da curva. No Centro-Oeste é mais no meio do caminho”.