25.3 C
Rondonópolis
 
 

O trabalho em equipe colocado à prova

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

O ser humano é um animal gregário por natureza e desse modo sente-se melhor junto dos seus do que isolado, atuando solitariamente. Teve até um famigerado ex-presidente que na derradeira hora de desespero político soltou o bordão “não me deixem só”.
Saber trabalhar em equipe tornou-se uma necessidade dos tempos. Com o advento e a evolução dos meios de comunicação, determinadas atividades podem ser desenvolvidas de qualquer lugar, ainda assim a colaboração tornou-se necessária. Mesmo a virtual.
Trabalhar em equipe tornou-se uma necessidade premente para qualquer profissional, independente do nível hierárquico que possua. Aliás, é um quesito que sequer necessita constar nos itens de avaliação dos processos seletivos, porque ele, em si, já é inerente ao perfil dos profissionais que se prezam de primeira linha.
Por isso, trabalhar em equipe não deveria ser tarefa difícil para a maioria. Pelo contrário, obedecendo a lógica, esperava-se que naturalmente as pessoas percebessem a necessidade de colaboração de cada funcionário para com seus colegas e o resultado a ser entregue.
Mas não é o que parece acontecer com a maioria. O ser humano muitas vezes quer os benefícios que o ambiente coletivo traz, mas não pretende assumir as responsabilidades e o ônus do compromisso que o resultado final requerer.
Saber atuar em equipe demanda compromisso com os resultados intermediários e principalmente entender a relação destes com o resultado final. Poucos funcionários e até gestores escapam dessa dificuldade.
O primeiro passo é entender que os resultados dependem do todos e não apenas do seu trabalho. Apenas fazer bem a sua atividade é o mínimo do mínimo. Além disso, todo colaborador deve pensar focado não mais apenas na sua atividade e sim em como as suas tarefas e ele próprio podem auxiliar a melhorar os resultados dos seus colegas e, por conseguinte, da sua equipe.
A gestão pela qualidade e nela a gestão de processos trata desse tema a partir da relação cliente-fornecedor interno. Quando isso for entendido e tornar-se um balizador dos comportamentos dos funcionários e gerentes, o grupo passará ao nível de equipe.
O grande desafio não é apenas o funcionário ser capaz de conviver no grupo. É muito mais que isso. Os profissionais precisam ser capazes de atuar positivamente sobre o ambiente com o propósito claro de melhorá-lo e não apenas compartilhar informações passivamente, como ‘mais um’ elemento no mar de colaboradores.
Fazer apenas autoavaliação também é pouco, não basta. Para quem não nasceu com a habilidade do trabalho em equipe, por exemplo, é necessário estímulo direcionado. Como uma característica imprescindível é oportuno provocar, exercitando, e buscar validar a experiência.
É comum profissionais terem a percepção equivocada sobre si mesmos nesse quesito. Muitos creem piamente que tem o perfil adequado para o trabalho em equipe. Apenas descobrem as suas dificuldades quando são colocados à prova.
O contrário também ocorre. Assim como a inibição de falar em público pode ser apenas um bloqueio, muitos têm habilidades não reveladas de trabalho em equipe, mas por não confiarem nas suas capacidades, também não se arriscam à exposição. Acabam não se destacando.
Estimular o trabalho em equipe é um papel do gestor para com os grupos de trabalho e não apenas responsabilidade de cada um, isoladamente. Por isso, o gestor precisa estar atento aos tratamentos que seus funcionários dispensam aos colegas e clientes. E de como desempenham funções que requerem atuações conjuntas.
Ele pode começar treinando o seu nível de percepção observando o funcionamento de outras empresas e o comportamento desses colaboradores. Não é difícil perceber funcionários solícitos e preocupados com o que ocorre no ambiente, lenientes, que esperam ansiosos o horário de bater o ponto e encarar a volta para casa, e os tóxicos, que tornam o trabalho em equipe insuportável.
Colaborar já não é um diferencial, é uma necessidade competitiva. Cabe a cada um o direito do livre arbítrio, decidindo o que fazer.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Sucessão municipal: Escolha do vice passa a ser a “bola da vez”

A disputa eleitoral em Rondonópolis caminha mesmo para três candidaturas na corrida ao Paço Municipal nas eleições deste ano....
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img